Um levantamento divulgado nesta sexta-feira (21) pela Ipsos-Ipec revela que a avaliação negativa do governo Lula (PT) cresceu, especialmente nas áreas de combate à inflação, controle dos gastos públicos e segurança pública. Segundo os dados, mais da metade da população considera a gestão ruim ou péssima nesses setores.
Inflação e economia são os principais desafios
O combate à inflação foi o setor com pior avaliação, com 57% dos entrevistados classificando a atuação do governo como ruim ou péssima. Apenas 17% consideram a gestão econômica ótima ou boa, enquanto 23% a avaliam como regular. O número de críticas aumentou em 10 pontos percentuais em relação à pesquisa de dezembro de 2024.
Na área fiscal, referente ao controle e corte de gastos públicos, 53% dos entrevistados avaliaram a atuação do governo como ruim ou péssima, enquanto 19% a consideram ótima ou boa e 24% a classificam como regular. A piora foi de 5 pontos percentuais em comparação à última pesquisa.
Segurança pública também registra avaliação negativa
No quesito segurança pública, 50% da população avaliou a atuação do governo como ruim ou péssima, enquanto 24% a consideram boa e 25% a veem como regular. Também houve um aumento de 5 pontos percentuais entre os que reprovam as ações do governo nessa área.
Áreas com melhor avaliação ainda não garantem saldo positivo
Apesar das críticas, algumas áreas ainda registram melhor percepção entre os entrevistados. Educação, combate à fome e à pobreza, e meio ambiente foram os temas melhor avaliados. No entanto, mesmo nessas áreas, o governo Lula não conseguiu atingir um saldo positivo, indicando um cenário geral de insatisfação.
Metodologia da pesquisa
O levantamento foi realizado entre os dias 7 e 11 de março, com 2 mil entrevistas em 131 municípios, abrangendo as cinco regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Os resultados reforçam o crescente desgaste do governo Lula, especialmente nas áreas econômicas e de segurança, o que pode impactar sua popularidade e as eleições municipais de 2024.