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sábado, 30 novembro, 2024
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Perigo estrangeiro: Espião russo operava sob disfarce diplomático no Brasil

Por Marina B.


A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revelou a descoberta de um espião russo operando no Brasil, disfarçado como diplomata da Embaixada da Rússia em Brasília, conforme informado pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (07/04).

Identificado como Serguei Alexandrovitch Chumilov, ele estava envolvido na cooptação de brasileiros como informantes e deixou o país após o setor de contrainteligência da Abin detectar sua conexão com um dos serviços russos de inteligência.

Segundo a Folha, Chumilov estava focado em obter informações sobre setores específicos ou temas brasileiros de interesse do serviço de inteligência russo ao qual estava vinculado.

Chumilov chegou ao Brasil em 2018 para assumir o cargo de primeiro-secretário na embaixada russa, de acordo com o Itamaraty. Embora sua permanência no país fosse legal, ele usava sua posição diplomática para conduzir atividades de espionagem.

Além disso, o espião se apresentava como representante da Casa Russa no Brasil (Russky Dom), associada à Rossotrudnichestvo, agência russa dedicada a assuntos de cooperação com a comunidade de Estados independentes, compatriotas no exterior e cooperação humanitária internacional.

De acordo com a reportagem da Folha, o espião russo recrutava informantes oferecendo bolsas de estudo e programas de intercâmbio na Rússia para estudantes e acadêmicos. Muitas vezes, essas pessoas se tornavam fontes do espião sem perceberem. Alguns só descobriam que estavam sendo usados como informantes após já estarem profundamente envolvidos, o que dificultava sua saída da rede.

Funcionários do Itamaraty destacam que a prática de espiões atuando sob o disfarce de cargos diplomáticos não é exclusiva da Rússia e é comum em todo o mundo.

Nos últimos anos, pelo menos três casos de espiões russos no Brasil foram revelados. O mais notório deles é o de Serguei Vladimirovich Cherkasov, preso em 2022 por usar identidade brasileira para se infiltrar no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda.

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