O governo Lula (PT) vive um momento crítico, com a popularidade despencando e a reprovação aumentando em todas as pesquisas nacionais desde janeiro. Diante desse cenário, partidos que compõem a base aliada já discutem abandonar o barco, temendo os efeitos negativos da associação com o governo em 2026.
Entre os partidos que consideram romper com o Planalto, o Progressistas (PP) lidera a movimentação. O presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), já confirmou oficialmente que a sigla discute a entrega do Ministério do Esporte, atualmente ocupado por André Fufuca, e um possível afastamento definitivo do governo.
Fuga em massa: PSD, Republicanos e União Brasil também avaliam saída
O PP não está sozinho nessa possível debandada. PSD, Republicanos e União Brasil também avaliam devolver seus cargos e romper com o governo petista, temendo a “contaminação política” do desgaste de Lula. A principal preocupação dessas siglas é o impacto da impopularidade do governo nas eleições de 2026, tanto em nível nacional quanto estadual.
No caso do PSD, o governador do Paraná, Ratinho Jr., já trabalha para se lançar candidato à presidência em 2026, o que tornaria inviável um alinhamento com Lula. Outros partidos também consideram lançar candidaturas próprias, reduzindo ainda mais as chances de apoio ao petista.
Aliados sem espaço no governo
Outro motivo que leva os partidos a reavaliarem a aliança com Lula é a falta de diálogo com o governo. André Fufuca, por exemplo, apesar de ocupar o Ministério do Esporte indicado pelo PP, não é recebido por Lula há um ano. A falta de prestígio do ministro simboliza a insatisfação da base aliada, que não vê espaço para influência real dentro do governo.
Gleisi Hoffmann agrava a crise
A última esperança dos aliados era a nomeação de um novo ministro de Relações Institucionais para melhorar a articulação política. No entanto, a escolha de Gleisi Hoffmann (PT-PR), conhecida por sua postura hostil e intransigente, causou frustração generalizada nos partidos aliados, que agora avaliam a ruptura como uma questão de tempo.
Com a base ruindo e a popularidade em queda, Lula se vê cada vez mais isolado, enfrentando um cenário político desfavorável e imprevisível para os próximos anos.