De acordo com matéria publicada pelo Diário do Poder, um vídeo do ex-ministro Antônio Palocci revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu propinas da Odebrecht. A revelação trouxe uma nova onda de indignação diante de mais uma decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que beneficiou corruptos confessos investigados na Lava Jato. Alegando a “parcialidade” do Ministério Público Federal, Toffoli concedeu o benefício a Palocci, enquanto Lula saiu ainda mais blindado.
Dinheiro escondido
Palocci afirmou ter sido responsável por entregar propinas a Lula entre oito e nove vezes, relatando que o dinheiro era ocultado em caixas de celular e de uísque para evitar rastreamento.
Além disso, Palocci revelou que a relação de Lula com a empreiteira Odebrecht era um verdadeiro “pacto de sangue”, incluindo benefícios como o sítio de Atibaia (SP), que teria sido um presente da construtora.
O ex-ministro também detalhou que Lula teria recebido R$ 15 milhões pela obra da usina hidrelétrica de Belo Monte e cerca de R$ 200 mil por palestras. No entanto, todas essas informações e provas foram desconsideradas após a decisão de Toffoli, gerando forte repercussão política e jurídica.
As declarações de Palocci, que antes faziam parte das investigações da Lava Jato, agora perdem valor diante do novo entendimento do STF, reacendendo o debate sobre impunidade e acordos políticos no Brasil.