Parlamentares classificam proposta do Ministério da Fazenda como um novo ataque ao bolso do cidadão e preveem ampla derrota do governo Lula no Congresso
A oposição no Congresso Nacional está confiante de que o novo pacote de aumento de impostos idealizado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será rejeitado pela maioria dos parlamentares. Batizada ironicamente nos bastidores como “maquiagem fiscal”, a proposta é vista como mais uma tentativa do governo Lula (PT) de encobrir a irresponsabilidade nos gastos públicos com uma carga tributária ainda mais pesada sobre a população.
Apesar de evitarem divulgar uma previsão de placar, deputados e senadores acreditam que a indignação generalizada entre as bancadas do centro e da oposição deverá enterrar mais essa tentativa de arrocho fiscal.
“Esse governo continua inventando formas de arrancar mais do bolso do brasileiro”, criticou o senador Jorge Seif (PL-SC), destacando a incapacidade crônica do governo petista em realizar cortes de gastos e rever privilégios.
Segundo ele, o governo Lula “não sabe cortar privilégios, só sabe aumentar imposto”.
Pacote atinge setor produtivo e ameaça o agro
Um dos pontos mais criticados da proposta é a tentativa de tributar aplicações financeiras que hoje servem para financiar o agronegócio e o setor imobiliário — dois motores da economia brasileira.
O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) classificou a medida como um grave equívoco:
“É um erro taxar LCI e LCA, que financiam o agro e o setor imobiliário. Preferem aumentar a carga tributária de forma disfarçada. Isso não é ajuste fiscal, é maquiagem”, afirmou.
A proposta, que faz parte da estratégia desesperada de Haddad para cobrir o crescente rombo das contas públicas, é vista como uma agressão direta à classe média, ao setor produtivo e ao pequeno investidor, justamente em um momento em que a confiança econômica já está fragilizada pelas constantes intervenções e políticas estatizantes do governo Lula.
‘Não há espaço para mais aumento de impostos’, afirma oposição
A indignação é unânime não apenas na oposição tradicional, mas também em setores independentes e até em parte do chamado centrão, que enxerga na proposta de Haddad uma violação à prerrogativa do Legislativo de debater e definir a política tributária do país.
“Não há qualquer possibilidade de aceitarmos novos aumentos de impostos”, afirmou o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).
Deputados também criticam o fato de o pacote buscar “passar a mão” em recursos de áreas essenciais e invadir competências do Congresso, numa prática já recorrente do governo petista de governar por decretos e medidas provisórias.
Descontrole de gastos e rombo bilionário
Desde que retornou ao Palácio do Planalto, Lula vem aumentando gastos públicos em ritmo acelerado, ampliando benefícios a aliados políticos e categorias privilegiadas, sem qualquer sinal de responsabilidade com o equilíbrio fiscal. Incapaz de cortar despesas e promover uma verdadeira reforma administrativa, o governo busca incessantemente novas fontes de arrecadação para sustentar a máquina pública inchada.
Com o orçamento desequilibrado e o crescimento da dívida pública, o governo tenta empurrar a conta para o contribuinte, gerando revolta no Congresso e na sociedade.
“Esse pacote não passa. O povo não aguenta mais pagar por um Estado gastador e ineficiente”, resumiu um parlamentar da base oposicionista.
Derrota iminente para o governo
Com a crescente resistência parlamentar e o desgaste político de Lula junto à opinião pública, a expectativa da oposição é de uma derrota retumbante do pacote de Haddad no Congresso nas próximas semanas, impondo mais um revés ao governo e reforçando o recado claro: o povo não aceita pagar a conta da gastança petista.