O Tesouro Nacional divulgou hoje que o governo apresentou um déficit fiscal de R$ 58,4 bilhões em fevereiro, surpreendendo as expectativas do mercado que previam um rombo de R$ 31 bilhões. Esse resultado foi impulsionado por uma receita líquida, após transferências para estados e municípios, de R$ 132,5 bilhões, enquanto as despesas públicas totalizaram R$ 190,9 bilhões.
O aumento das despesas foi motivado principalmente por:
- Pagamento de precatórios no valor de R$ 30,1 bilhões;
- Crescimento nos pagamentos de benefícios previdenciários, alcançando R$ 3,7 bilhões;
- Elevação nos pagamentos de benefícios de prestação continuada, totalizando R$ 1,3 bilhão;
- Aumento de R$ 5,9 bilhões nas despesas do Poder Executivo sujeitas à programação financeira.
Até fevereiro, o superávit primário acumulado no ano atingiu R$ 20,9 bilhões, em comparação com os R$ 38,3 bilhões registrados no mesmo período de 2023 (em termos nominais). Este resultado inclui um superávit de R$ 61,4 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central, e um déficit de R$ 40,5 bilhões na Previdência Social (RGPS).
Em termos reais, a receita líquida cresceu 9,5% (+R$ 32,2 bilhões) no acumulado até fevereiro, enquanto a despesa aumentou 17,1% (+R$ 51,3 bilhões).