O ministro da justiça Flávio Dino conseguiu o que ninguém poderia imaginar: enfiou-se em um buraco que, de tão largo e profundo, seria capaz de acomodar boa parte de seus xarás do período cretáceo.
Ao afirmar que não estava ciente das cláusulas existentes no contrato entre a pasta que gere e a empresa que administra o sistema de câmeras do Palácio da Justiça, Dino fere de morte a inteligência de todo e qualquer cidadão, aliado ou opositor.
Foram sete meses e vinte e dois dias de cobertura intensa da mídia entre o 8 de janeiro e a explicação. As gravações de seu ministério foram requisitadas pouquíssimo tempo após a abertura da CPMI que investiga as invasões. Mesmo diante de tudo isso, Flávio Dino quer que acreditem que ninguém, do ministério ou da empresa, o avisou que as imagens haviam sido descartadas quinze dias após o ocorrido e que toda aquela celeuma era em vão.
Ao dar suas explicações o ministro disse que “Não vai aparecer um disco voador, não vão aparecer infiltrados e não vai aparecer a prova desse terraplanismo que inventaram para ocultar a responsabilidade dos criminosos”. Deboche e sarcasmo de quem está nas cordas.
CONCLUSÃO
Terraplanismo é achar que alguém, alienígena, terráqueo ou espírito, vai comprar um script de ficção científica misturado com terror cult como este – ainda mais escrito em russo arcaico.