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sexta-feira, 18 abril, 2025
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O Globo admite erro ao publicar coluna sobre Bolsonaro e pede desculpas

Por Alexandre Gomes

Jornal manteve no ar texto satírico sobre saúde do ex-presidente, gerando forte reação nas redes sociais e críticas por desrespeito à vítima de atentado

O jornal O Globo admitiu, nesta terça-feira (15), que cometeu um erro editorial ao publicar, sem a devida identificação, um conteúdo satírico sobre o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nota divulgada em seu perfil no Twitter/X, o veículo pediu desculpas aos leitores pela falha.

CORREÇÃO: Por um erro de edição, O GLOBO não identificou como sendo da coluna de humor Sensacionalista um post sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. Pedimos desculpas aos leitores.”

A publicação gerou ampla repercussão negativa, especialmente entre parlamentares da oposição, que consideraram o episódio um desrespeito com uma figura pública que foi vítima de um atentado e ainda sofre consequências clínicas sérias. Apesar do pedido de desculpas, o conteúdo permaneceu disponível no site do jornal até o início da noite de terça-feira.

A coluna em questão, publicada dentro do espaço destinado ao grupo humorístico Sensacionalista, ironiza as condições de saúde de Bolsonaro após recentes complicações intestinais, diagnosticadas como consequência da facada sofrida em 2018 durante a campanha presidencial. Um dos trechos do texto diz:

“De acordo com fontes médicas, o bloqueio foi causado por excesso de ‘popcorn and ice cream’, em referência ao cardápio patriótico de Bolsonaro durante o ato da Paulista.”

O artigo segue com outras provocações:

“Ele já voltou a falar merda sem ajuda de aparelhos. Os médicos tentaram, mas não conseguiram romper a ligação direta entre intestino e cérebro. A conexão é muito sólida. Cientificamente inédita.”

A repercussão foi imediata nas redes sociais, com críticas severas ao jornal por suposto viés ideológico e falta de sensibilidade humanitária. Entre os que reagiram, está o deputado federal Mario Frias (PL-SP), que publicou:

“A pessoa leva uma facada por um militante de esquerda, sobrevive, passa por mais de meia dúzia de cirurgias e, mesmo assim, continua sendo alvo de escárnio daquilo que ainda ousam chamar de ‘jornalismo’. […] Isso não é erro editorial. Isso é ódio.”

Críticos também apontam que o episódio reforça a percepção de que a grande imprensa brasileira age de forma parcial, frequentemente hostil ao ex-presidente e seus apoiadores, ao passo que adota uma postura branda diante de falhas ou controvérsias envolvendo figuras do atual governo federal.

O episódio levanta um debate mais amplo sobre os limites entre humor e desinformação, e sobre a responsabilidade editorial de grandes veículos de comunicação ao tratarem de temas sensíveis com figuras públicas, especialmente quando envolvem questões de saúde ou violência política.

Apesar da retratação, o caso deverá continuar repercutindo nos próximos dias, especialmente no ambiente político, onde a polarização acentuada entre bolsonarismo e lulismo tem intensificado a vigilância sobre a atuação da mídia nacional.

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