Em 2024, o número total de candidatos a prefeito e vereador caiu para o nível mais baixo dos últimos 24 anos. Em 2020, quase 558 mil brasileiros tentaram a sorte nas urnas; este ano, o número caiu para pouco mais de 464 mil, uma redução de 18,5%. Segundo o cientista político João Cândido, a queda pode ser atribuída à reforma eleitoral de 2021, que restringiu as candidaturas por partidos e federações, bem como à crescente polarização, ao desgaste da classe política e até mesmo à pandemia, que afastou potenciais candidatos.
Além da política
A intensificação da polarização e os impactos da covid-19, que causaram perdas significativas, também podem ter influenciado a diminuição das candidaturas, especialmente para cargos de vereador, que costumam ser a principal porta de entrada na política.
Classe exclusiva
O cientista político Murilo Medeiros menciona a cláusula de desempenho como um fator que contribui para a redução no número de partidos, o acesso ao fundo eleitoral e o tempo de propaganda em rádio e TV.
Eficiência no gasto
O constitucionalista Ariel Uarian destaca que “uma das estratégias adotadas pelos partidos é reduzir o número de candidatos para otimizar os gastos com o fundo de campanha”.
