O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) declarou que começará a recolher assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis manipulações nas pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo ele, as distorções favorecem a narrativa do governo federal, atualmente liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Acusações contra o IBGE
Nikolas criticou o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, nomeado pelo governo Lula, acusando-o de manipular dados para criar uma “realidade paralela”.
“Chega de maquiar a realidade. Lula colocou um petista fiel no comando do IBGE para fabricar uma ‘realidade paralela’. Dados recentes mostram desemprego de 6,1%, mas ignoram 4,4 milhões de desempregados, além de afirmar que o Brasil tem o menor índice de pobreza da história, com critérios alterados”, afirmou o deputado.
Objetivo da CPI
A proposta de Nikolas visa garantir maior transparência e precisão nos dados divulgados pelo IBGE. Ele alega que a atual metodologia da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), usada desde 2012, omite informações relevantes ao desconsiderar:
- Indivíduos que não estão empregados e desistiram de procurar trabalho;
- Pessoas que desejam trabalhar, mas não buscam emprego por acreditarem que não conseguirão.
“Vou protocolar uma CPI para investigar essas distorções e garantir que o IBGE publique dados em conformidade com a realidade, e não seja transformado em um puxadinho do PT”, destacou o deputado.
Metodologia da Pnad
Nikolas também criticou o modelo da Pnad Contínua, que classifica como desempregados apenas aqueles que procuraram trabalho no período de referência da pesquisa, excluindo os chamados desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego). Ele afirma que essa abordagem beneficia a narrativa governamental, ao reduzir artificialmente a taxa de desemprego e outros indicadores.
Próximos Passos
O parlamentar planeja reunir as assinaturas necessárias para instaurar a CPI e espera que a medida encontre apoio entre parlamentares da oposição. Caso avance, a investigação poderá questionar a credibilidade e independência do IBGE, além de propor alterações na metodologia utilizada pelo instituto.
