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quarta-feira, 18 setembro, 2024
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Musk e Moraes no centro do protesto de 7 de setembro: O que esperar da manifestação na Avenida Paulista

Por Marina B.

Após um ano de calmaria e ânimos mais tranquilos, a manifestação de 7 de Setembro, organizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), retornará à Avenida Paulista no próximo sábado, com dois personagens centrais: o bilionário Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Embora o foco oficial do protesto seja a luta pela liberdade de expressão e a anistia dos presos do 8 de Janeiro — quando uma multidão destruiu prédios dos Três Poderes em apoio a Bolsonaro —, o evento deve ser intensamente marcado pelos recentes conflitos envolvendo Musk e Moraes. Recentemente, o ministro suspendeu o funcionamento do X (anteriormente Twitter) no Brasil devido ao descumprimento de ordens judiciais por parte de Musk, que respondeu vazando decisões do STF. Em vez de enfraquecer o evento, a suspensão do X parece ter aquecido os ânimos dos organizadores.

Musk será um dos grandes destaques da manifestação, com um boneco gigante de 20 metros de altura ao lado do carro de som do grupo Movimento #ForaMoraes, liderado pelo empresário Guilherme Sampaio e pelo ex-comentarista da Jovem Pan Marco Antônio Costa. Ao lado de Musk, haverá um boneco gigante representando Moraes com uma “cabeça de ovo” — um apelido usado por bolsonaristas para o ministro — com inscrições como “Supremo Tirano Federal” e “Democracy or Moraes”.

O grupo também planeja exibir um boneco gigante do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) vestido com uma fantasia de banana, pressionando-o pelo impeachment de Moraes. O Senado, presidido por Pacheco, é a Casa responsável pela eventual deposição de ministros do Supremo.

Musk tem incitado a direita brasileira contra o STF, compartilhando uma convocação para o ato feita pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e fazendo declarações críticas a Moraes. “Não há dúvida de que Moraes precisa sair. Ter um ‘ministro do Supremo’ que viola repetida e flagrantemente a lei não é justiça alguma”, escreveu Musk no X em agosto.

Aliados de Bolsonaro acreditam que a anistia aos presos do 8 de Janeiro será a principal reivindicação do protesto, mas a raiva contra Moraes é o tema que realmente mobiliza os manifestantes. A forma como a crítica a Moraes será abordada nos discursos gerou insatisfação entre alguns organizadores, como o pastor Silas Malafaia. Na sexta-feira, 30, um grupo de militantes se desentendeu com Malafaia, que restringiu o número de pulseiras na área VIP e vetou discursos mais agressivos contra Moraes.

Apesar das tensões internas, outros organizadores garantem que Moraes será um alvo central, embora se preocupem com as implicações legais de ataques pessoais. “Não apoiamos agressões pessoais nem pedidos de golpe”, afirma Guilherme Sampaio.

Sete grupos distintos solicitaram autorização para se manifestar na Avenida Paulista no sábado, incluindo o Movimento Conservador Escolhidos por Deus e o Movimento #ForaMoraes. Ao contrário da manifestação de 25 de fevereiro, que foi marcada por restrições às faixas e cartazes, as mensagens críticas ao STF devem estar presentes e refletir a insatisfação com o Judiciário.

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) descreve o momento como uma “justa indignação da sociedade”, enquanto a deputada Carla Zambelli (PL-SP) destaca a manifestação como uma oportunidade para demonstrar a luta pela democracia e pressionar os senadores pela abertura do impeachment de Moraes.

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