O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, revelou em entrevista à CNN nesta quarta-feira (10) que o programa de reforma agrária em 2024 atenderá o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outras entidades do campo. Teixeira destacou que o programa, mais amadurecido, será implementado com o novo Orçamento.
“O MST vai ser atendido, a Contag [Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura] vai ser atendida, a Fetraf [Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar] vai ser atendida. Todos os movimentos do campo serão atendidos no programa de reforma agrária que mais amadurecido faremos no ano de 2024 com o Orçamento novo”, explicou Teixeira.
O ministro enfatizou a importância do programa de reforma agrária para descomprimir as tensões no campo brasileiro, resultantes da paralisação dos programas de novos assentamentos. Respondendo às críticas do MST sobre a falta de recursos no Orçamento de 2023, Teixeira esclareceu que o governo anterior não destinou verbas para a reforma agrária.
Apesar de reconhecer que o Orçamento de 2024 é restrito para o tema, Teixeira delineou uma estratégia em quatro passos para o ano: a destinação de terras públicas, avaliação do estoque do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), adjudicação de terras de grandes devedores da União e alocação de recursos para assentamentos de famílias e compras de terras.