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sexta-feira, 26 dezembro, 2025
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Moraes teria ligado seis vezes para Galípolo no mesmo dia em meio ao caso Banco Master, diz jornal

Por Alexandre Gomes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria telefonado seis vezes no mesmo dia para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enquanto a autoridade monetária analisava a operação envolvendo a possível compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). As informações foram divulgadas por veículos da imprensa e ampliaram a controvérsia em torno do caso.

Os contatos ocorreram no período em que o Banco Central avaliava alternativas para o Banco Master, que acabou sendo liquidado em 18 de novembro, em meio a suspeitas de fraudes bilionárias e irregularidades contábeis atribuídas à gestão da instituição.

Contexto da venda ao BRB

A proposta de venda do Banco Master ao BRB foi discutida internamente, mas não recebeu autorização do Banco Central nos termos inicialmente apresentados. O bloqueio regulatório levou o banco público a reavaliar sua exposição e a buscar outras saídas, enquanto o cenário financeiro do Master se deteriorava rapidamente.

Posteriormente, vieram a público informações sobre riscos elevados, operações questionáveis e possíveis prejuízos expressivos, o que culminou na intervenção do Banco Central e na liquidação extrajudicial da instituição.

Justificativas apresentadas

Diante da repercussão, Alexandre de Moraes afirmou que seus contatos com dirigentes do sistema financeiro tiveram como objetivo tratar exclusivamente de possíveis impactos de sanções internacionais em sua vida financeira pessoal, relacionadas à Lei Magnitsky. Segundo o ministro, as conversas não teriam envolvido qualquer interferência em decisões do Banco Central sobre o Banco Master.

O Banco Central, por sua vez, confirmou que houve contatos, mas sustentou que não tratavam do caso Master nem da operação com o BRB, versão que passou a ser questionada pelo fato de as ligações coincidirem com o momento mais sensível da análise do negócio.

Repercussão política e institucional

A divulgação das ligações intensificou críticas sobre transparência e limites institucionais, sobretudo em um episódio que envolve o sistema financeiro, decisões regulatórias sensíveis e a atuação de um ministro do STF. Parlamentares da oposição e analistas passaram a cobrar esclarecimentos mais detalhados sobre o teor das conversas e sobre eventuais conflitos de interesse.

O caso se soma a outros episódios recentes que colocaram o Banco Master no centro do debate público, ampliando a pressão por apurações independentes e por maior clareza sobre a atuação de autoridades em processos que afetam diretamente o mercado financeiro e os cofres públicos.

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