O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu nesta quarta-feira, 14, as suspeitas de irregularidades na condução dos inquéritos relacionados a fake news e milícias digitais.
Reportagens da Folha de S. Paulo alegam que, durante sua presidência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro teria solicitado a produção de relatórios para apoiar as investigações no STF, supostamente “fora do rito” normal.
Antes da sessão no STF, Moraes afirmou que todos os documentos foram devidamente incluídos nos processos e compartilhados com a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal. Ele destacou: “Não há nada a esconder” e explicou que, como presidente do TSE, tinha autoridade para solicitar tais relatórios no exercício do poder de polícia.
O ministro justificou que os documentos eram necessários para investigar reincidências, alegando que os envolvidos já estavam sob suspeita por incitação de atos golpistas e antidemocráticos. Segundo ele, os relatórios eram a maneira mais rápida de registrar conteúdos criminosos antes de serem apagados.
Além disso, Moraes condenou as tentativas de desacreditar o STF e as eleições de 2022, mencionando o risco de perpetuar o extremismo populista através das redes sociais.
Os ministros Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF, Gilmar Mendes, decano do tribunal, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também defenderam Moraes. Barroso enfatizou que os atos do ministro foram no cumprimento do dever, destacando sua coragem diante do movimento antidemocrático.