Durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal envolvendo o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid e do coronel Marcelo Câmara, o ministro Alexandre de Moraes mandou que um segurança verificasse o celular do advogado Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo. A decisão ocorreu após o defensor tentar intervir na sessão sobre a suposta trama golpista “Punhal Verde e Amarelo”, contrariando a proibição expressa de gravações naquela fase processual.
A tensão escalou quando o advogado questionou o depoimento, mencionando que o referido plano teria sido elaborado por Mário Fernandes e incluiria o assassinato de autoridades. Moraes interrompeu, negou o pedido de ordem, e na sequência determinou que o aparelho fosse conferido. O advogado entregou o dispositivo acompanhado de senha, mas contestou o ato. Moraes respondeu exigindo reciprocidade de respeito. No encerramento, ele ordenou que os acontecimentos fossem registrados em ata.
Essa ação levanta debates sobre a segurança processual e os limites da atuação judicial em sessões públicas. Alguns apontam que Moraes agiu dentro de seus poderes para preservar a ordem, enquanto outros questionam o simbolismo de autorizar a revista pessoal de um advogado em pleno plenário.