Ao utilizar o espaço na rede de TV e rádio para comemorar o Dia do Meio Ambiente, a ministra Marina Silva demonstrou uma clara hipocrisia ao não abordar a redução de verbas destinadas ao Ministério do Meio Ambiente. Este ano, os pagamentos ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, por exemplo, sofreram um drástico declínio, totalizando apenas R$118,8 mil até maio, em comparação com os R$3,4 milhões no mesmo período de 2023. No primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, foram alocados R$8,3 milhões para o fundo, enquanto no governo de Lula, foram destinados R$3,9 milhões.
Além disso, o Siga Brasil, plataforma de monitoramento do Orçamento, revela a extrema escassez de recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente sob a gestão de Marina: este ano, o fundo não recebeu nenhum valor.
No entanto, Marina optou por não mencionar o alarmante aumento do desmatamento no Cerrado, que atingiu 11.011,69 km² em 2023, a maior taxa desde 2015, conforme indicado pelo Terra Brasilis.
A promessa de estabelecer uma Autoridade Climática também continua no papel, sem avanços concretos devido à falta de interesse do governo Lula e à escassez de orçamento para sua implementação.
Em comparação com o início do segundo ano do governo Bolsonaro, o Ibama também enfrentou uma redução significativa nos pagamentos este ano, totalizando uma queda de R$84,3 milhões.