A ex-primeira-dama e atual presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, manifestou descontentamento nas redes sociais após o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivar uma queixa-crime movida por ela contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Michelle classificou a decisão como reflexo de uma Justiça “desregulada” e provocou debate ao compartilhar uma enquete em seus perfis.
A ação de Michelle Bolsonaro acusava Erika Hilton de injúria e difamação por um comentário feito nas redes sociais, em março, sobre a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama. O episódio gerou controvérsia à época, com críticas da deputada.
A 1ª Turma do STF, no entanto, arquivou a queixa-crime, encerrando o caso com trânsito em julgado e sem possibilidade de recurso. A decisão irritou Michelle e outros apoiadores, que viram na medida um sinal de desequilíbrio no sistema judiciário.
Em publicação compartilhada pelo perfil do PL Mulher, Michelle declarou:
“A balança da Justiça parece estar desregulada.”
A frase foi acompanhada de uma enquete provocativa que questionava os seguidores sobre o estado atual do país:
“O que você acha? O Brasil está vivendo…”
Os resultados da enquete não foram divulgados, mas a postagem gerou grande repercussão entre apoiadores do PL e críticos do STF.
A rejeição da queixa-crime ocorre em um momento de alta tensão entre figuras políticas e o Supremo Tribunal Federal. Para aliados de Michelle, a decisão reforça a percepção de que o Judiciário tem adotado posturas mais rigorosas contra opositores do governo Lula, enquanto é brando com figuras de esquerda.
Por outro lado, juristas e defensores da decisão apontam que a liberdade de expressão, especialmente no contexto político, deve ser protegida, mesmo quando as críticas são duras ou controversas.