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quinta-feira, 25 setembro, 2025
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Michelle Bolsonaro admite que pode disputar a Presidência em 2026

Por Alexandre Gomes

Ex-primeira-dama diz que aceitará missão política apenas “se for da vontade de Deus” e acusa STF de perseguição

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abriu, pela primeira vez, a possibilidade de disputar a Presidência da República em 2026. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, publicada nesta quarta-feira (24), ela afirmou que só aceitará a missão se entender que é “a vontade de Deus”, mas garantiu estar preparada para assumir esse papel político.

“Eu me levantarei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça”, disse Michelle. “Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer o que Ele me pedir.”

A fala ocorre em meio ao silêncio que Michelle vinha mantendo desde a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Para ela, o julgamento foi uma “farsa judicial”, motivada politicamente para afastar o marido da disputa eleitoral.

Apoio internacional e críticas ao STF

Durante a entrevista, Michelle também destacou a importância do apoio internacional, em especial do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que tem se manifestado em defesa de Bolsonaro. Segundo ela, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, foram responsáveis pela crise que culminou em sanções contra o Brasil impostas pelos Estados Unidos.

Candidatura própria ou composição política

Nos bastidores, aliados discutem diferentes caminhos para Michelle em 2026. Seu nome chegou a ser cogitado como vice em uma possível chapa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No entanto, interlocutores próximos rejeitam essa hipótese e defendem que a ex-primeira-dama trilhe uma trajetória própria, como liderança consolidada no movimento conservador.

Apesar da indefinição sobre a disputa presidencial, o nome de Michelle já circula fortemente para uma candidatura ao Senado pelo Distrito Federal. A avaliação de dirigentes do Partido Liberal (PL) é de que sua presença em uma chapa regional fortaleceria o capital político da legenda na capital federal.

Com a impossibilidade jurídica de Jair Bolsonaro concorrer em 2026, Michelle emerge como uma das principais alternativas da direita para manter a base conservadora mobilizada. Sua combinação de discurso religioso, carisma popular e imagem de defensora dos valores tradicionais a coloca como peça-chave no tabuleiro eleitoral dos próximos anos.

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