Mesmo sob duras restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece como o nome mais influente da direita brasileira e figura central na definição dos rumos políticos do país rumo às eleições de 2026.
A tentativa de silenciar Bolsonaro judicialmente, com medidas como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de se manifestar em redes sociais, não surtiu o efeito esperado pelos seus adversários. Pelo contrário: analistas e parlamentares veem o endurecimento como uma forma de perseguição política que apenas reforça sua posição como líder da oposição.
“Mesmo calado, Bolsonaro é a principal força política do Brasil”, afirma o cientista político Adriano Cerqueira, do Ibmec-BH. Ele avalia que a influência do ex-presidente continuará forte, ainda que de maneira indireta, por meio de aliados que seguem mobilizados em torno de sua figura.
O senador Magno Malta (PL-ES), um dos principais nomes da base conservadora, foi direto: “A tentativa de calar Jair Bolsonaro não neutraliza sua liderança, pelo contrário. Fortalece nossa missão de ser sua voz junto ao povo brasileiro.”
Bolsonaro mantém articulação firme nos bastidores
Mesmo sob vigilância, Bolsonaro tem mantido uma rotina intensa de articulações políticas. Na sede do PL em Brasília, o ex-presidente continua recebendo senadores, deputados e lideranças conservadoras de todo o Brasil. O objetivo é claro: manter a coesão do campo da direita e preparar a base para as eleições de 2026.
“O povo sabe quem é Jair Bolsonaro. Ele representa valores como Deus, Pátria, Família e Liberdade. Mesmo sem falar, ele inspira milhões de brasileiros”, afirmou o deputado Maurício Marcon (Podemos-RS), que vê a direita ainda mais fortalecida com os ataques que o ex-presidente vem sofrendo.
A estratégia do grupo é consolidar uma maioria conservadora no Congresso Nacional, com foco especial na eleição do presidente do Senado, o que pode abrir caminho para o reequilíbrio dos poderes e eventuais impeachments de ministros do STF — pauta cada vez mais defendida pela base conservadora.
“Efeito Bolsonaro” segue ativo e mobiliza a direita
A força de Bolsonaro não está apenas nas articulações políticas, mas no capital simbólico que carrega. É o nome que unifica evangélicos, agronegócio, conservadores e liberais. Sua capacidade de mobilização — mesmo impedido de se manifestar diretamente — continua sendo a maior do país.
“Bolsonaro é mais que um candidato. Ele é um símbolo de resistência contra o autoritarismo e contra o aparelhamento do Estado. Enquanto houver liberdade no coração do povo brasileiro, ele será a bússola da direita”, afirma o estrategista político Gilmar Arruda.
Analistas preveem que o campo liderado por Bolsonaro repetirá — ou superará — o desempenho de 2022 nas urnas.
Enquanto surgem especulações sobre possíveis “herdeiros políticos” — como o governador Tarcísio de Freitas ou Michelle Bolsonaro — a realidade é que nenhum nome tem hoje a capacidade de mobilização, identificação popular e firmeza ideológica como Jair Bolsonaro. Ele não passou, nem pretende passar o bastão. É ele quem define, lidera e orienta.
Bolsonaro não está fora do jogo — ele é o próprio tabuleiro.
Mesmo enfrentando a maior perseguição política da história republicana, Jair Bolsonaro segue firme como a principal liderança da oposição no Brasil. Silenciado à força, mas longe de ser apagado, ele mantém vivo o espírito conservador que ganhou milhões de brasileiros e será decisivo para o futuro do país em 2026.
A direita tem um nome. E esse nome continua sendo Jair Bolsonaro.
