O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), fez o aviso durante reunião nesta terça-feira (27), deixando claro que as consequências para os parlamentares que assinaram o pedido serão severas. A medida inclui a perda de cargos regionais e menos atenção do Executivo, afetando inclusive emendas parlamentares.
“Quem assinou o impeachment do presidente está dizendo claramente que não está na base. Portanto, se tinha algum tipo de espaço no governo, tem que perder”, ressaltou o deputado Alencar Santana (PT-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara.
O pedido de impeachment, protocolado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), conta com 140 assinaturas, incluindo membros da base do governo Lula. A reunião discutiu ainda a divisão do comando das comissões permanentes da Câmara, com possíveis ações para retirar apoios dos signatários do impeachment.
Apesar da tensão entre Lula e o Legislativo, líderes de bancadas no Congresso “afirmam” que as chances de o impeachment prosperar são praticamente nulas, dependendo da análise do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que pode deixar os pedidos em espera por tempo indeterminado. Esse “afirmam”, nada mais é que uma mera especulação, para tentar passar uma certa tranquilidade do governo e causara uma incerteza na oposição. Seria o mesmo que dizer a alguém que está em um incêndio, dentro de um prédio de 100 andares, onde o fogo já tomou conta de todos os andares abaixo, que esse alguém sobreviverá.