O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), ironizou nesta quinta-feira (9) o desaparecimento de artistas que lideraram o movimento “Salve a Amazônia” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Marinho apontou a ausência de manifestações semelhantes em meio ao recorde de queimadas registrado na Amazônia sob o governo Lula (PT).
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 2024 registrou 140.328 focos de incêndio no bioma, um aumento de 42% em relação aos 98.634 de 2023. O número representa o maior índice desde 2007, também durante um mandato de Lula.
“Enquanto a Amazônia arde em chamas, os artistas do ‘Salve a Amazônia’ permanecem em silêncio. No governo do amor, até a destruição ambiental é relativizada. É o #PadrãoPT de populismo e hipocrisia!”, criticou Marinho, que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro.
Justificativa do Governo
O Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, liderado pela ex-senadora e ambientalista Marina Silva, atribuiu os números recordes à seca excepcional, considerada a pior dos últimos 74 anos. Segundo o governo, o fenômeno climático agravou os incêndios florestais em 2024.
Oposição Relembra Manifesto de 2021
Marinho também mencionou o manifesto de setembro de 2021, quando 30 artistas participaram do programa Fantástico, da TV Globo, com a “Canção pra Amazônia”. O ato, apoiado pela ONG Greenpeace e pela hoje ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ganhou ampla repercussão durante a gestão de Bolsonaro.
Incêndios Acumulados
Entre 2020 e 2024, o Brasil registrou 1 milhão de focos de incêndios em vegetação, segundo o Inpe. O silêncio dos artistas que antes mobilizavam campanhas ambientais tornou-se alvo de críticas da oposição, que questiona a coerência de discursos sobre a preservação do bioma amazônico.