Pesquisa revela apoio maciço à Operação Contenção e rejeição à inércia do governo Lula em relação ao crime organizado
Uma pesquisa da Quaest, divulgada nesta segunda-feira (3), mostrou que 72% dos moradores do Estado do Rio de Janeiro apoiam a proposta de classificar facções criminosas como organizações terroristas. O levantamento reflete o clima de aprovação popular após a Operação Contenção, que enfrentou o Comando Vermelho (CV) em uma das maiores ações de segurança da história do estado.
A medida, já adotada por Argentina, Paraguai e apoiada por Donald Trump nos EUA, é defendida por parlamentares da direita brasileira, mas enfrenta resistência do governo Lula (PT), que evita associar o crime organizado ao terrorismo.
O resultado da pesquisa é contundente:
- 72% apoiam enquadrar facções como terroristas;
 - 85% querem aumento de pena para homicídios cometidos a mando de facções;
 - 62% são contra visitas íntimas a criminosos;
 - 53% defendem o fim das “saidinhas” de presos.
 
A proposta que tramita no Congresso, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), ganhou força após a operação no Rio e conta com apoio de nomes como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Guilherme Derrite (PP-SP). O texto endurece as penas para uso de armamento de guerra, domínio territorial e outras práticas típicas de grupos como PCC e CV.
O levantamento mostra que até entre eleitores de Lula há apoio expressivo (49%) à proposta, enquanto 95% dos bolsonaristas defendem o enquadramento — sinal de que o endurecimento contra o crime é uma pauta nacional, não partidária.
Além disso, 59% dos entrevistados apoiam o uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), e 81% defendem o uso de câmeras por policiais. A maioria (59%) também acredita que legalizar as drogas não reduziria a violência.
O contraste é claro: enquanto o governo Lula insiste em relativizar o crime organizado e apostar em narrativas ideológicas, a população demonstra apoio à ação firme das forças de segurança e ao enquadramento das facções como terroristas, uma medida que, segundo especialistas, é essencial para devolver o controle do território ao Estado e proteger a vida de inocentes.