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sexta-feira, 14 março, 2025
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Maioria dos brasileiros não confiam em Lula, aponta pesquisa Ipsos-Ipec

Por Alexandre Gomes

Uma pesquisa divulgada pelo Ipsos-Ipec, na noite desta quinta-feira (13), revelou um aumento significativo na desconfiança e desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento mostra que mais da metade dos brasileiros não confia no petista e que a avaliação negativa de sua gestão atingiu o pior patamar desde o início do mandato.

Principais números da pesquisa

Confiança em Lula:

  • 58% dos brasileiros não confiam no presidente.
  • Em dezembro de 2023, o índice era de 52%, ou seja, subiu seis pontos percentuais em três meses.

Aprovação e desaprovação do governo:

  • 55% desaprovam a maneira como Lula governa.
  • 40% aprovam sua gestão.
  • Pela primeira vez desde o início do governo, a desaprovação ultrapassou a aprovação.

Avaliação do governo:

  • 41% consideram a administração ruim ou péssima, o maior índice da pesquisa.
  • 30% a classificam como regular.
  • 27% avaliam como ótima ou boa.

Esses dados representam uma inversão de tendência. Em dezembro, a desaprovação estava em 46% e a aprovação era de 47%. Já em março de 2023, no início do mandato, 35% desaprovavam e 57% aprovavam.

Metodologia da pesquisa

  • Foram entrevistados 2 mil eleitores entre os dias 7 e 11 de março.
  • O levantamento foi feito em 131 municípios brasileiros.
  • A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
  • O nível de confiança da pesquisa é de 95%, o que significa que há 95% de probabilidade de os resultados representarem o atual cenário.

Cenário político e impacto na governabilidade

O aumento da rejeição e a queda na confiança podem representar dificuldades políticas para Lula, especialmente em um momento em que o governo enfrenta desafios como inflação alta, crise na segurança pública e queda de popularidade em estados tradicionalmente petistas, como Bahia e Pernambuco.

Além disso, o cenário pode ter impacto nas eleições municipais de 2024 e na estratégia do PT para uma eventual reeleição de Lula em 2026. O crescimento da insatisfação da população indica que o governo terá que adotar novas estratégias para reverter essa tendência negativa.

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