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sexta-feira, 15 agosto, 2025
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Lula zomba da pressão dos EUA sobre ex-integrantes do Mais Médicos

Por Alexandre Gomes

Durante evento de inauguração de uma fábrica da Hemobrás, em Goiana (PE), nesta quinta-feira (14/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com leveza à revogação de vistos americanos aplicados a servidores ligados ao programa Mais Médicos. A ação representou um reforço da pressão diplomática dos EUA sobre autoridades brasileiras.

“A nossa relação com Cuba é baseada no respeito a um povo que sofre com um bloqueio imposto há 70 anos”, afirmou Lula, criticando o embargo econômico americanamente decretado contra a ilha caribenha. Em tom provocativo, completou: “Foi guerra, eles perderam. Trump não é imperador — aceite e deixe o povo cubano viver em paz”.

Referindo-se à confirmação de que Mozart Sales, secretário especializado em Saúde Pública, foi um dos afetados pela revogação, Lula tranquilizou o servidor: “Mozart, não fique preocupado com o visto dos EUA. O mundo é enorme… O Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados; há espaço de sobra para você — não se preocupe com isso”.


Contexto e detalhes da medida americana

A Casa Branca, por meio do Departamento de Estado, justificou a revogação dos vistos como retaliação à “cumplicidade com o regime cubano”, no âmbito do programa executado originalmente entre governos do PT e o órgão multilateral OPAS.

As sanções atingiram diretamente duas figuras centrais do projeto: Mozart Julio Tabosa Sales — secretário na área da Saúde — e Alberto Kleiman, ex-assessor de relações internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor da OPAS, agora em função ligada à COP30. O Programa foi taxado como um golpe diplomático que teria enriquecido a ditadura cubana por meio da migração de mão de obra médica com pouca regulamentação e pouca transparência.


Visão conservadora: retaliação previsível e necessária

Para setores conservadores, a medida americana, embora polêmica, é vista como uma resposta coerente à internacionalização de uma política estatal que favoreceu regimes autoritários. A sanção constrange, mas deve sinalizar que ações de conteúdo ideológico e alinhamento com governos criticados pelos EUA geram consequências reais no campo diplomático. A resposta de Lula, repleta de ironia, reforça sua postura de antagonismo, ainda que suba o tom diplomático.

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