Dólar Hoje Euro Hoje
quarta-feira, 4 junho, 2025
Início » Lula volta a acusar Israel de “genocídio” e recebe dura resposta da comunidade judaica brasileira

Lula volta a acusar Israel de “genocídio” e recebe dura resposta da comunidade judaica brasileira

Por Alexandre Gomes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a atacar Israel neste domingo (1º), repetindo a acusação de “genocídio” contra o país por conta da ofensiva em Gaza. A declaração, feita durante o congresso nacional do PSB, provocou imediata reação da Confederação Israelita do Brasil (Conib), que acusou Lula de “deturpar a realidade para atacar e vilificar o Estado judeu”.

A fala do petista ocorre em meio à crescente tensão diplomática com Israel e é vista por analistas como um gesto populista e ideológico que compromete a tradição brasileira de equilíbrio e diplomacia nas relações internacionais.

Em nota oficial, a Conib lamentou o posicionamento do presidente e afirmou que ele parece “querer criar problemas com a comunidade judaica brasileira”, ao insistir em uma narrativa que ignora os fatos e promove o discurso antissemita.

“Israel não pratica genocídio em Gaza, e quem promove este libelo antissemita o faz buscando ganhos oportunistas ou ignorando os fatos”, afirmou a organização. “Lula se apega a um discurso irresponsável, desrespeitando a memória das vítimas do ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro, que matou mais de mil civis israelenses.”

A confederação também alertou para o impacto interno dessas falas, acusando o presidente de promover o antissemitismo entre seus apoiadores e colocando em risco a convivência pacífica da comunidade judaica no país. A nota conclui chamando o comportamento de Lula de “irresponsável e destrutivo”.

Ideologia acima da diplomacia

Longe de uma crítica construtiva ou de um apelo humanitário, a postura de Lula revela uma inclinação ideológica radical, cada vez mais distante da realidade e das responsabilidades do cargo que ocupa. Ao acusar Israel de genocídio — sem qualquer respaldo de instâncias internacionais legítimas — Lula isola o Brasil de seus aliados históricos, como Estados Unidos e países da União Europeia, e mina a credibilidade do país no cenário global.

A retórica de Lula se soma à nota emitida pelo Itamaraty no mesmo dia, em que o governo brasileiro condena a aprovação de novos assentamentos israelenses na Cisjordânia. A escalada verbal revela um governo disposto a jogar seu peso diplomático para agradar grupos ideológicos, mesmo à custa de alianças estratégicas e da imagem do Brasil como nação confiável e ponderada.

Mais um retrocesso em política externa

As falas de Lula já provocaram ruídos diplomáticos no passado, e agora voltam a reforçar uma guinada de política externa baseada em militância e confronto, e não em diálogo e mediação. Ao atacar Israel com termos carregados e desproporcionais, Lula não apenas enfraquece a posição brasileira no mundo como também desrespeita uma comunidade que há décadas contribui para o desenvolvimento do país.

Enquanto isso, o Brasil continua a enfrentar seus próprios desafios — econômicos, sociais e institucionais — que ficam em segundo plano diante da obsessão ideológica do presidente com temas internacionais tratados de forma simplista e polarizadora.

Você pode se Interessar

Deixe um Comentário

Sobre nós

Somos uma empresa de mídia. Prometemos contar a você o que há de novo nas partes importantes da vida moderna

@2024 – Todos os Direitos Reservados.