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sexta-feira, 10 janeiro, 2025
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Lula saúda embaixador da Palestina em ato de 8/1 e reacende críticas à sua postura internacional

Por Alexandre Gomes

No ato em memória ao de 8 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a ocasião para saudar o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben. A menção logo no início de sua fala gerou reações, especialmente entre críticos que enxergam um descompasso nas prioridades do governo petista em temas de política externa.

A postura de Lula em relação à questão palestina tem sido alvo de controvérsias. O presidente é um crítico declarado das ações militares de Israel na Faixa de Gaza, posicionando-se como defensor da causa palestina em fóruns internacionais. No entanto, essa inclinação tem gerado atritos com Israel, onde Lula já foi tratado como “persona non grata” por setores da chancelaria do país.

Para os críticos, o gesto no evento desta quarta-feira foi mais uma evidência de que o presidente utiliza ocasiões institucionais para reforçar suas posições políticas globais, em vez de focar nas demandas internas.

Prioridades internas negligenciadas?

Se por um lado Lula busca reforçar sua imagem como líder que defende o multilateralismo e os direitos humanos, por outro, a ênfase em questões externas contrasta com os desafios domésticos enfrentados pelo Brasil. Problemas como inflação persistente, crises na saúde pública e educação, além da dificuldade em estabelecer uma base sólida no Congresso, são apontados como prioridades negligenciadas pelo governo.

A escolha de Lula em destacar a presença do embaixador palestino no evento de 8/1 – data marcada por tensões políticas internas – foi interpretada por muitos como uma tentativa de desviar o foco das críticas que seu governo enfrenta em temas de governabilidade e articulação política.

Uma estratégia arriscada

A postura internacionalista de Lula tem gerado dividendo político entre seus apoiadores, mas também afastado setores mais moderados. Enquanto parte da esquerda celebra o alinhamento com a Palestina como uma postura de “justiça histórica”, opositores consideram que o presidente perde oportunidade de fortalecer alianças internas, fundamentais para enfrentar os desafios políticos até 2026.

A saudação ao embaixador de um país envolvido em um dos conflitos mais polarizados do mundo deixa claro que Lula continuará a adotar uma abordagem que privilegia suas convicções ideológicas, mesmo que isso signifique enfrentar críticas e agravar divisões políticas no cenário interno.

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