Durante o polêmico evento com sindicalistas em comemoração ao Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quarta-feira (1º), o aumento da tabela do Imposto de Renda. A nova legislação ajusta os valores da tabela progressiva mensal do IR.
Agora, o limite de isenção do imposto foi ampliado para aqueles que ganham até dois salários mínimos (ou seja, R$ 2.824) por mês.
No encontro com os sindicalistas, o presidente reiterou seu compromisso de elevar esse valor para R$ 5.000 até o final de seu mandato, uma promessa feita durante a campanha eleitoral de 2022. Essa promessa já havia sido feita por Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018.
De acordo com Lula, a intenção é “desonerar” a população de baixa renda “e fazer com que os mais ricos paguem impostos de renda neste país”. No entanto, ele ressaltou que “o mais importante” no momento é enfatizar o aumento do salário e a redução da inflação.
“Posso afirmar a vocês hoje que vamos fazer um mandato melhor do que os dois anteriores”, declarou.
Veto à desoneração da folha de pagamento
No mesmo evento organizado pelas centrais sindicais, Lula explicou o veto à desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. “Realizamos desoneração quando os mais pobres se beneficiam”, afirmou.
Ao cobrar contrapartidas dos setores para conceder a desoneração, ele reafirmou que “no nosso país, não haverá desoneração para beneficiar os mais ricos”.
O presidente também assegurou que todos os alimentos da cesta básica serão desonerados e que “não haverá imposto de renda sobre alimentos para os trabalhadores deste país”.
A pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro Cristiano Zanin suspendeu a prorrogação da folha de pagamento de 17 setores da economia e dos municípios. O Congresso havia derrubado o veto de Lula ao projeto.