O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, nesta quinta-feira (30), com militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Palácio do Planalto. O encontro ocorre em meio à pressão do grupo para que o governo intensifique a reforma agrária e acelere o assentamento de 100 mil famílias.
MST critica paralisação da reforma agrária
Na última semana, o MST divulgou uma carta cobrando mais avanços na política agrária e questionando o compromisso do governo com o tema. O documento, assinado pela coordenação nacional do movimento, apontou uma “paralisação da reforma agrária” na gestão petista e criticou o ritmo lento na implementação das medidas prometidas.
Em dezembro de 2024, o governo federal anunciou a meta de incorporar 295 mil novas famílias ao Programa Nacional de Reforma Agrária até 2026. No entanto, o MST vê os números com desconfiança e cobra ações concretas.
Divergências nos números do governo
O Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que 71,4 mil famílias foram assentadas em 2024. O MST, no entanto, contesta os dados e afirma que os números apresentados pelo governo não refletem a realidade no campo. Além disso, o grupo criticou o Congresso Nacional, acusando parlamentares de atuarem em favor do agronegócio em detrimento da reforma agrária.
MST amplia reivindicações e manifesta apoio a regimes autoritários
Além do assentamento de famílias, o MST também reivindica a demarcação de terras indígenas e o reconhecimento de territórios quilombolas. O movimento ainda manifestou “solidariedade” a países como Cuba, Venezuela e Palestina.
Em janeiro, uma delegação do MST participou da posse do ditador Nicolás Maduro, na Venezuela, reforçando sua posição de apoio ao regime chavista, cuja reeleição foi amplamente questionada pela comunidade internacional.