O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta quinta-feira (30), que gostaria de ver Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado, como governador de Minas Gerais. A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva, quando Lula foi questionado sobre uma possível nomeação de Pacheco para um ministério em seu governo.
“Não posso dizer quem vai ser [ministro]. Se pudesse falar, eu falaria. Mas o que eu quero é que o Pacheco seja governador de Minas Gerais”, afirmou Lula, sinalizando sua preferência para o futuro político do senador mineiro.
Reforma ministerial e sucessão no Congresso
O governo federal se prepara para uma reforma ministerial logo após as eleições para as mesas diretoras do Congresso, previstas para sábado (1º). Com a saída de Pacheco da presidência do Senado e de Arthur Lira (PP-AL) do comando da Câmara, a corrida pela sucessão já está definida.
Os principais favoritos para os cargos são o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ambos com apoio do Palácio do Planalto e de setores da oposição.
Apesar da proximidade do governo com os candidatos, Lula fez questão de reafirmar que não pretende interferir na disputa interna do Legislativo. “Isso cabe aos partidos, aos deputados e aos senadores. O presidente da República não se mete nisso. Meu presidente do Senado será aquele que vencer, e o da Câmara também. Vou respeitar e estabelecer uma nova relação”, declarou.
A declaração de Lula sobre Pacheco pode ser interpretada como um movimento estratégico para garantir um aliado forte no governo mineiro, um Estado crucial para as eleições de 2026. No entanto, a possível entrada de Pacheco na corrida ao governo ainda depende de articulações políticas dentro de seu partido e da base governista.