“Se eu pudesse, iria fazer um decreto: é proibido mentir. Quem mentir vai ser preso.”
O autor da proposta acima é Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido por declarações controversas e por distorcer dados em prol de suas narrativas. Em um discurso em abril de 2024, Lula afirmou que sua prisão foi fruto da “maior mentira contada na história deste país”, referindo-se à Operação Lava Jato. Ele completou: “Não é possível governar um país do tamanho do Brasil com mentiras. Mentira tem perna curta.”
Porém, ao longo de 2024, Lula promoveu uma série de narrativas fabricadas. O volume de desinformação foi tão grande que até mesmo uma agência de checagem de fatos com viés de esquerda, Aos Fatos, compilou suas “melhores” declarações enganosas.
Fome e educação no centro da desinformação
“No segundo ano de governo, Lula desinformou mais sobre fome e educação”, destacou uma reportagem da Aos Fatos publicada no final de 2024. Segundo a agência, Lula repetiu em diversas ocasiões que o PT erradicou a fome no Brasil em 2014 e que ela retornou apenas em 2018, durante o governo de Jair Bolsonaro. No entanto, dados da ONU indicam que o Brasil nunca zerou a fome, mesmo em 2013, o melhor ano da série histórica, quando ainda havia 7,2 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave.
Lula frequentemente reivindica o programa Pé-de-Meia como uma criação de seu governo, mas o projeto foi originalmente proposto pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP) em 2021. Além disso, ele afirmou que o número de Institutos Federais cresceu de 100 para 682 em suas gestões, um dado que inclui unidades de toda a rede de educação profissional e tecnológica, não apenas os IFs.
Desinformando sobre política externa e economia
Durante a Assembleia Geral da ONU, Lula afirmou que “o Brasil condenou de maneira firme a invasão do território ucraniano”, enquanto relativiza o ataque russo, sugerindo culpa da Ucrânia. Ele também atribuiu a retomada do crescimento da construção civil ao programa Minha Casa, Minha Vida, ignorando que o setor apresentou retração de 0,5% em 2023, conforme dados do IBGE.
Mais “bravatas” de 2024
- Durante as enchentes no Rio Grande do Sul, incluiu linhas de crédito bancário como recursos federais.
- Declarou que a transposição do Rio São Francisco pode ser vista da Lua, o que é fisicamente impossível.
- Exagerou sobre o imposto sobre heranças nos EUA, afirmando uma taxa de 40%, quando poucos estados aplicam tal percentual.
- Disse que o governo “nao teve projetos recusados pelo Congresso”, omitindo derrotas relevantes.
- Alegou em entrevista que “não teve direito de defesa” na Lava Jato, declaração desmentida posteriormente.
Em 2024, Lula consolidou seu padrão de distorções para promover sua gestão. Apesar de criticar a disseminação de fake news por adversários, o presidente repetidamente usou dados imprecisos e narrativas enganosas para defender sua administração.