O presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou até a tesoureira nacional do PT, Gleide Andrade, para a cerimônia fúnebre do papa Francisco, no Vaticano. A comitiva embarcou na noite da quinta-feira, 24 de abril, e incluiu também chefes dos Três Poderes, ministros e parlamentares.
Nas redes sociais, o deputado Odair Cunha (PT-MG) registrou um vídeo ao lado de Gleide, no qual ela destacou a importância simbólica da viagem, lembrando que o Brasil é o país mais católico do mundo e exaltando o legado do papa como líder dos pobres e da paz.
Divergências internas: Gleide já confrontou Lula
Apesar da participação na comitiva, Gleide Andrade já protagonizou episódios de confronto com Lula nos bastidores. Em março, durante reunião no apartamento funcional da hoje ministra Gleisi Hoffmann, ela manifestou resistência ao nome de Edinho Silva para a presidência nacional do PT, contrariando a preferência de Lula. O presidente também articula, internamente, para que Gleide seja substituída pelo deputado estadual Emídio de Souza (SP) na tesouraria do partido após as eleições internas.
Quem compôs a comitiva brasileira
A lista de convidados de Lula para o velório foi ampla. Inicialmente, ele convidou os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal: Hugo Motta (Republicanos-PB), Davi Alcolumbre (União-AP) e o ministro Luís Roberto Barroso. Posteriormente, acrescentou ministros e parlamentares. A seguir, alguns nomes da comitiva:
- Ministro Luís Roberto Barroso (STF)
- Embaixador Mauro Vieira (Relações Exteriores)
- Ministro Ricardo Lewandowski (Justiça)
- Ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário)
- Ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos)
- Senador Davi Alcolumbre (União-AP)
- Deputado Hugo Motta (Republicanos-PB)
- Senador Renan Calheiros (MDB-AL)
- Senadora Leila Barros (PDT-DF)
- Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS)
- Deputados Luis Tibé, Odair Cunha, Padre João, Reimont, Luiz Gastão, Dagoberto Nogueira, Professora Goreth, entre outros
- Embaixador Celso Amorim, assessor especial de Lula
A presença ampla da classe política na cerimônia reforça o peso simbólico e político atribuído pelo governo brasileiro à despedida do pontífice.