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sábado, 23 novembro, 2024
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Lula leva mais de 100 pessoas em comitiva para Assembleia-Geral da ONU em Nova York

Por Alexandre Gomes

O presidente Lula levou mais de 100 pessoas para Nova York, onde participou da 79ª Assembleia-Geral da ONU. Comitiva composta por ministros, assessores e equipes de segurança, gerou gastos públicos que já ultrapassam R$ 750 mil, com potencial de crescimento nos próximos dias. O número de pessoas e os altos custos da viagem foram criticados por especialistas em gestão pública, que apontam excessos, especialmente em um momento de contenção orçamentária no Brasil.

Entre os gastos que mais chamaram a atenção está o da ministra Esther Dweck, responsável por uma passagem aérea no valor de quase R$ 46 mil. Embora o governo tenha justificado o alto custo pelo aumento da demanda de voos para Nova York, a compra de passagens em cima da hora levanta questionamentos sobre o planejamento e a gestão dos recursos públicos. Em um contexto de crise econômica e crescente pressão sobre os cofres públicos, o dispêndio com a comitiva presidencial parece desproporcional.

Outro ponto polêmico é o número elevado de membros da comitiva, que inclui 31 pessoas só do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Esses agentes, responsáveis pela proteção do presidente, justificam sua presença como parte da “gestão de riscos”, mas o fato de outros 16 assessores terem sido levados pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) também sugere ineficiência e falta de critérios claros para a definição de quem realmente precisa estar presente.

Além disso, os gastos exorbitantes com viagens no primeiro ano do governo Lula já são significativamente maiores do que os registrados no último ano da gestão de Jair Bolsonaro. Até agora, o governo petista já gastou R$ 2,26 bilhões com viagens, um aumento substancial em relação aos R$ 1,54 bilhão de 2022. Esse aumento foi amplamente criticado, já que contraria o discurso de austeridade defendido por Lula em sua campanha.

Durante seu discurso na ONU, Lula falou sobre a necessidade de uma reforma na estrutura da organização e condenou a violência no Oriente Médio. Entretanto, seus críticos apontam que, enquanto defende pautas internacionais de sustentabilidade e paz, o governo não tem conseguido resolver problemas domésticos urgentes, como a escalada da inflação e o aumento da pobreza. As viagens internacionais de alto custo, com grandes comitivas, reforçam a percepção de que o governo está desconectado das dificuldades enfrentadas pelos brasileiros.

A comitiva ainda deve gerar mais despesas, com novos dados a serem divulgados quando todos os custos forem apurados. A falta de transparência e o aumento expressivo nos gastos públicos com viagens são indicativos de que o governo Lula precisa rever suas prioridades e adotar uma abordagem mais responsável em relação ao uso de recursos públicos.

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