Nos últimos dias, o governo intensificou suas pressões para impor um novo presidente executivo à Vale. Lula dedicou meses tentando promover Guido Mantega para assumir o cargo após o término do mandato de Eduardo Bartolomeo em 26 de maio. No entanto, a tentativa fracassou, tanto pela falta de qualificações do ex-ministro para liderar a segunda maior mineradora do mundo, quanto pela resistência da maioria do conselho em ceder à interferência do governo.
Apesar do revés, o governo está persistindo. Está sendo articulada uma segunda investida para impor um nome ao conselho: Paulo Cafarelli, ex-presidente da Cielo (uma parceria entre o Banco do Brasil e o Bradesco, também acionista da Vale), ex-diretor do Banco do Brasil e da CSN, ex-presidente do BB Banco de Investimentos e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda (durante o mandato de Guido Mantega).
João Fukunaga, presidente da Previ, está ativamente envolvido nesta iniciativa, buscando apoio de alguns colegas no conselho de administração. Fukunaga defende a indicação de Cafarelli, que, como ele, é um funcionário de carreira do Banco do Brasil.
Enquanto isso, Eduardo Bartolomeo, que ficou a apenas um voto de garantir um novo mandato como presidente na reunião do conselho há duas semanas, continua buscando manter sua posição.
Além disso, há outro grupo de conselheiros que está articulando uma terceira alternativa.