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quinta-feira, 15 maio, 2025
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Lula foi alertado sobre importunação de Silvio Almeida a Anielle Franco meses antes do caso vir à tona

Por Alexandre Gomes

Uma investigação da revista Piauí revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi avisado por pelo menos quatro pessoas sobre as alegações de importunação sexual atribuídas ao ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Os alertas teriam ocorrido meses antes do caso se tornar público.

Segundo a reportagem, um dos avisos a Lula aconteceu em março de 2024, cerca de seis meses antes das denúncias serem divulgadas pelo portal Metrópoles. Outra fonte, identificada como um amigo de Anielle dentro do PT, afirmou ter levado o caso ao conhecimento do presidente aproximadamente dez meses antes da revelação pública.

Diante das informações, Lula teria pedido ao ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, que conversasse com Silvio Almeida sobre o assunto.

Silvio Almeida nega acusações

O ex-ministro Silvio Almeida foi exonerado um dia após as denúncias virem a público. Ele nega qualquer irregularidade e classifica as acusações como “ilações absurdas”. Na semana passada, prestou um depoimento de duas horas à Polícia Federal, que conduz a investigação.

Detalhes dos supostos episódios

De acordo com a Piauí, o primeiro episódio teria ocorrido em 30 de dezembro de 2022, durante um jantar, quando Almeida teria comentado para Anielle:

“Nossa, como você está linda e cheirosa hoje.”

A ministra teria apenas agradecido e se afastado.

Em abril de 2023, durante uma viagem oficial a Portugal, Almeida teria feito comentários mais diretos, dizendo que Anielle lhe dava “tesão”. Segundo a revista, a situação se repetiu em encontros posteriores, até maio de 2023, quando Almeida teria colocado a mão sobre a coxa da ministra durante uma reunião de trabalho.

Ministra teria relatado o caso a colegas

Ainda segundo a reportagem, Anielle Franco compartilhou o desconforto com diversas autoridades do governo, incluindo:

  • Vinicius Carvalho (CGU);
  • Alexandre Padilha (ex-Secretaria de Relações Institucionais);
  • Jorge Messias (Advocacia-Geral da União);
  • Esther Dweck (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos);
  • Janja da Silva (primeira-dama);
  • Andrei Rodrigues (diretor-geral da Polícia Federal);
  • Tarciana Medeiros (presidente do Banco do Brasil);
  • Aloizio Mercadante (presidente do BNDES).

Em agosto de 2024, antes da divulgação pública do caso, Vinicius Carvalho teria questionado Almeida sobre as acusações. O ex-ministro negou qualquer envolvimento.

Agora, resta aguardar os desdobramentos da investigação da Polícia Federal e a postura do governo sobre o caso.

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