Recentemente, Lula descreveu Rui Costa como um “primeiro-ministro” e afirmou que “dorme tranquilo” com o baiano na Casa Civil. No entanto, os elogios do presidente vêm em um momento delicado para o ex-governador da Bahia, que enfrenta crescente insatisfação dentro do governo.
Ministros consultados pelo Radar têm várias críticas contundentes sobre Costa, com muitos o considerando um obstáculo ao sucesso do governo. Na avaliação mais suave, ele é visto como incompetente e prejudicial.
“Embora o presidente tenha uma boa opinião sobre ele, a verdade é que, como gestor, ele está sempre atrapalhando. Não é apenas Rui; é Rei. Ele age como se fosse um monarca”, afirma um assessor de Lula que perdeu projetos importantes devido à “desorganização da Casa Civil”.
Além de frequentemente faltar ou chegar atrasado a reuniões, Costa é descrito por colegas de governo como grosseiro e desrespeitoso com técnicos e outros ministros. “É uma pessoa de dupla personalidade. Na presença de Lula, é todo sorrisos, mas fora disso, não demonstra respeito e vive com uma expressão fechada”, diz um colega.
Costa também enfrenta conflitos com outros ministros. Por exemplo, não há boa relação entre ele e Alexandre Padilha, e com Ricardo Lewandowski, o problema é a pontualidade: “Se ele não chega a tempo, o Lewandowski levanta e vai embora, não fica esperando”, comenta um auxiliar.
Outros ministros relatam que Costa ignora propostas, perde prazos e compromissos importantes, prejudicando a agenda positiva do governo. “Ele é o grande causador de problemas do governo”, afirma um deles.
Os ministros consultados mencionam exemplos concretos de como a Casa Civil tem dificultado o trabalho dos demais ministérios e prejudicado iniciativas importantes. O Radar opta por não divulgar mais detalhes, pois todos os entrevistados pediram anonimato temendo retaliações de Costa.
Em sua defesa, Costa alega que a sua falta de pontualidade se deve ao fato de ser constantemente acionado por Lula e afirma que seu rigor nas reuniões é necessário para garantir resultados.
