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terça-feira, 22 julho, 2025
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Lula é criticado por isolar o Brasil e “ignorar a realidade dos fatos” ao acusar Israel de genocídio, diz Federação Israelita

Por Alexandre Gomes

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP) reagiu com indignação às declarações feitas neste domingo (6) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou a acusar Israel de genocídio na Faixa de Gaza e a criticar os ataques às instalações militares do Irã, durante a sessão plenária da Cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro.

Segundo a entidade, o chefe do Executivo brasileiro “isola o Brasil no cenário internacional” e “ignora a realidade dos fatos” ao adotar uma retórica ideológica que não condiz com o histórico diplomático do país. Para a federação, a fala de Lula banaliza tragédias históricas, dá respaldo ao terrorismo e coloca o Brasil ao lado de ditaduras, como Irã, Rússia e Venezuela, em vez de reforçar laços com as democracias do Ocidente.

“Ao voltar a acusar Israel de genocídio e defender que a solução do conflito passa exclusivamente pelo fim da ‘ocupação israelense’, o presidente ignora, mais uma vez, a realidade dos fatos”, diz a nota. “Lula se aproxima da Rússia, da Venezuela e do Irã, mas se afasta das democracias e ignora o sofrimento dos civis israelenses.”

Críticas à omissão sobre o Hamas

Um dos pontos mais duros da nota é a crítica à omissão sistemática de Lula em relação ao grupo terrorista Hamas, responsável pelo ataque brutal contra civis israelenses em 7 de outubro de 2023, que resultou em centenas de mortes, estupros, torturas e o sequestro de dezenas de civis — muitos dos quais ainda estão em cativeiro.

“Lula não menciona o Hamas. Não exige a libertação dos reféns. Não condena os mísseis lançados sobre civis israelenses. Mas condena Israel, a única democracia do Oriente Médio, por defender sua população.”

A entidade acusou o presidente de estimular o antissemitismo, ao tratar o conflito de forma desequilibrada, ignorando o contexto de terrorismo patrocinado pelo Irã — país que Lula também vem defendendo em fóruns internacionais.

Para a Federação Israelita, a postura de Lula não representa neutralidade, mas cumplicidade com regimes autoritários e grupos radicais.

“Se diz mediador da paz, mas só aponta o dedo para um lado do conflito. Isso não é neutralidade. É cumplicidade.”

Além disso, o documento afirma que o uso do termo “genocídio” por Lula desrespeita a memória das vítimas do Holocausto e contribui para legitimar o terrorismo como ferramenta política.

Afastamento do Ocidente e isolamento diplomático

A nota ainda cita críticas da revista britânica The Economist, que classificou a atual política externa brasileira como “hostil ao Ocidente” e “incoerente”. A FISESP reforça que o Brasil, antes referência diplomática mundial, hoje adota uma postura desequilibrada, privilegiando alianças com regimes antidemocráticos, em detrimento de relações tradicionais com Estados Unidos, Europa e Israel.

Ao final, a Federação reforça que Israel deseja um Estado Palestino, mas sem o Hamas e sem o financiamento extremista do Irã, ressaltando que não há paz possível enquanto o terrorismo for tolerado por líderes globais.

“O presidente da República deve lealdade ao povo brasileiro, não aos regimes que patrocinam o terror. […] O Brasil, que já foi referência diplomática no mundo, não pode ser porta-voz do ódio.”

A nota termina com um apelo direto a Lula: “Paz se constrói com verdade. A verdade é que não há paz possível enquanto o Hamas existir.”

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