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quarta-feira, 30 julho, 2025
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Lula, com patrimônio de R$ 7,4 milhões, critica pobres que votam em ricos: “Colocar raposa no galinheiro”

Por Alexandre Gomes

Durante um evento em Osasco (SP) nesta sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a adotar uma retórica populista ao criticar eleitores pobres que votam em candidatos ricos. Para o petista, essa escolha representa “colocar uma raposa para tomar conta do galinheiro”, sugerindo que a riqueza seria um indício de desonestidade. As declarações foram feitas durante o anúncio de investimentos do Novo PAC para reurbanização de favelas na região.

“O pobre fala que vai votar no prefeito que é rico porque ele não vai roubar, porque já é rico. Ora, ele só é rico porque já roubou, p*rra”, disparou o presidente, arrancando aplausos da militância petista presente. “E aí, o pobre fica com preconceito contra o pobre.”

Lula ainda afirmou que “não é nós contra eles, são eles contra nós”, embora tenha negado que adote uma lógica de luta de classes.

Contradições no discurso: o patrimônio milionário do “pai dos pobres”

As falas do presidente soam contraditórias diante da sua própria realidade patrimonial. Em sua declaração oficial de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, Lula informou possuir R$ 7,4 milhões em patrimônio — montante que o coloca entre a parcela mais rica da população brasileira.

Do total, mais de R$ 5 milhões estão aplicados em previdência privada, um tipo de investimento que não está ao alcance da maioria dos brasileiros, que dependem do INSS para garantir a aposentadoria mínima.

A crítica de Lula a políticos abastados ganha contornos de hipocrisia, segundo seus opositores, já que ele próprio construiu um patrimônio expressivo ao longo de sua carreira pública. Após décadas ocupando cargos de destaque e com forte aparato político e sindical à sua disposição, o ex-metalúrgico de São Bernardo do Campo hoje vive uma realidade completamente diferente da massa trabalhadora que diz representar.

Discurso populista e descolado da realidade

A fala em Osasco exemplifica o tom cada vez mais populista adotado pelo presidente, que tenta reforçar a imagem de “homem do povo” mesmo após anos no topo da estrutura de poder brasileira. Para críticos, Lula busca manipular a narrativa em ano eleitoral, apostando em uma retórica emocional que ignora sua própria condição privilegiada.

Enquanto isso, o país segue enfrentando alta carga tributária, crescimento tímido da economia e dificuldades nas áreas de segurança e saúde pública — problemas que afetam diretamente a população mais pobre e que não se resolvem com discursos inflamados.

Ao sugerir que “todo rico é ladrão” e que “pobre votando em rico é burrice”, Lula reforça estigmas e promove a divisão social que diz combater — tudo isso enquanto desfruta dos confortos e do prestígio de quem está no topo.

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