Durante discurso no Encontro Internacional da Indústria da Construção, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, de “mulherzinha”. A fala ocorreu na terça-feira (8) e gerou forte repercussão negativa por conta do tom considerado sexista e desrespeitoso. Lula relatava um encontro com Georgieva durante a Cúpula do G7, no Japão, quando imitou a economista e questionou uma previsão do FMI sobre o crescimento da economia brasileira.
Além de classificar a diretora do FMI de forma pejorativa, o presidente também ironizou o suposto desconhecimento dela a seu respeito. A fala reforça um padrão de declarações controversas do petista sobre mulheres em cargos de liderança. Em março, Lula já havia sido criticado ao dizer que escolheu uma “mulher bonita” para facilitar o diálogo com o Congresso, em referência à ministra Gleisi Hoffmann.
No mesmo evento, Lula atacou as previsões econômicas pessimistas e acusou a imprensa e os analistas econômicos de espalharem desinformação. As declarações foram vistas por opositores e setores da sociedade civil como mais um episódio de desrespeito institucional e insensibilidade com temas ligados à igualdade de gênero.