Na entrevista ao UOL, o presidente Lula foi questionado sobre cortes de gastos em seu governo e respondeu que o foco não é necessariamente cortar, mas entender se há efetiva necessidade de fazê-lo.
“O problema não é simplesmente cortar, mas avaliar se precisamos aumentar a arrecadação. Essa discussão é fundamental”, afirmou Lula. Ele destacou que houve uma diminuição significativa na arrecadação.
Quando perguntado se as receitas atuais estão superestimadas, Lula mencionou os pagamentos de precatórios no valor de 92 bilhões de reais, aprovados pelo STF, e seu veto à desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
“Sobre o veto, foi derrubado. E agora, com a decisão do Supremo, se não houver uma compensação ou veto em 45 dias, ele será derrubado. Como podemos falar em gastos quando estamos renunciando a uma quantidade enorme de recursos que os empresários deveriam pagar?”, questionou o presidente.
Lula enfatizou o desejo de implementar uma política social eficaz, garantindo que os gastos sejam bem direcionados para melhorar o país. “Estamos analisando onde há gastos excessivos, onde os gastos são desnecessários, e onde as concessões não deveriam ocorrer. Tudo isso considerando a estabilidade do mercado e a necessidade de manter investimentos”, acrescentou.
Ele também abordou a questão dos subsídios, mencionando que ficou impressionado com o montante na semana passada, quando a regulamentação da reforma tributária foi aprovada. “O Brasil mudará de patamar quando a reforma tributária for aprovada”, afirmou Lula.
Por fim, o presidente assegurou que, em caso de redução de despesas, os salários não serão afetados de maneira prejudicial.