Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, vestindo o figurino de “Lulinha paz e amor”, adotou uma postura conciliatória em relação ao Centrão e direcionou críticas ao Banco Central, demonstrando menos paciência em comparação com seus mandatos anteriores. Enquanto estendia a bandeira branca para o presidente da Câmara, Arthur Lira, Lula colocou o mercado financeiro e o Banco Central como adversários do governo.
Ao iniciar o encontro, Lula mencionou o “Dia de São Jorge”, padroeiro do Corinthians, e discutiu sobre programas governamentais, como o Acredita, voltado para os pequenos negócios. Ele citou uma máxima de um filósofo do PT e adotou um tom de conciliação com o Congresso, uma estratégia previamente discutida com seu marqueteiro de campanha.
Em meio a incertezas políticas, Lula atribuiu as dificuldades do país ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enquanto poupava os líderes políticos de centro-direita presentes nos ministérios. Mesmo diante das ameaças do Centrão, Lira e Rodrigo Pacheco, Lula os tratou com cautela, reconhecendo suas manobras políticas.
Ao comentar sobre a previsão de aumento da taxa Selic divulgada no Boletim Focus, Lula criticou o mercado financeiro, afirmando que o povo brasileiro é quem sofre com os juros altos, impedindo o investimento empresarial. Ele expressou sua insatisfação com Campos Neto, referindo-se a ele como “esse cidadão”, e minimizou a preocupação do presidente do BC com a economia, destacando a segurança do Brasil em comparação com outros países.
Lula, em um gesto simbólico, exibiu dados da dívida bruta em relação ao PIB para respaldar sua confiança na economia brasileira. Enfatizou sua preferência pelo Brasil em relação ao mercado financeiro e afirmou que aguardará até dezembro para fazer mudanças no Banco Central. Evitou confrontos com Lira e Pacheco, demonstrando pragmatismo diante da instabilidade política.
Embora o fim dos mandatos de Lira e Pacheco se aproxime, Lula optou por evitar conflitos, reconhecendo a influência do presidente da Câmara no cenário político. Em um ambiente político tenso, ele preferiu não arriscar confrontos, inclusive ao mencionar Eduardo Cunha, antigo presidente da Câmara, mantendo uma postura política calculada em meio à incerteza.
Porém, coisas “estranhas” aconteceram neste café da manhã. Logo no início o ministro da Secom, criticou duramente a imprensa, pelas últimas matérias criticando o governo e em especial o presidente Lula. Em um tom de quase querendo impor o que o governo quer que seja dito pela imprensa, o ministro foi bastante desrespeitoso com os jornalistas presentes, achando que pode mandar na linha editorial de cada site/jornal ali presente.
O outro fato estranho, foi a “escolha” de apenas alguns jornais, que puderam fazer perguntas ao Presidente. O que mostrou uma parcialidade absurda. Claro que nesse seleto time de permitidos, estava O Globo, o UOL, o Estadão e a Folha de São Paulo. Esse café da manhã ficou longe de ser uma entrevista coletiva. Na verdade foi uma palestra do presidente, que falou o que quis para os seus convidados e só respondeu aquilo previamente combinado. Mais um teatro do Lula. Ao ser questionado sobre como se sente em relação as recentes pesquisas, que apontam que a sua rejeição vem crescendo, fazendo com que aprovação do seu governo despenque, Lula disse que era normal em um início de governo, as pessoas ficarem descontentes com as coisas que ainda não foram feitas, mas que foram prometidas na campanha. Lula só esqueceu de um detalhe. Ele não está mais na fase inicial de seu mandato. Já está no segundo ano e caminhando para o fechamento do seu 16º mês de um governo que tem apenas 48 meses.
Lula tem quase 40 ministros incompetentes e está perdido no meio do caos, onde ele é o protagonista e o verdadeiro responsável por tudo.
É exatamente como um time de futebol, liderado por um técnico ruim. Um time que não sabe jogar, não sabe fazer gol, que corre pelo grama de um lado para outro perdido, sem conseguir tocar na bola e sendo vaiado pela torcida que o deixa cada vez mais nervoso com o vexame em campo. O que o diretor do clube, vendo tudo isso acontecer, perdendo dinheiro daria? Demitiria o técnico. É essa atitude de coragem, que falta hoje na diretoria do Clube chamado Brasil.