O deputado federal Luiz Lima (Novo-RJ) afirmou que a CPMI do INSS “foi a pior coisa que poderia acontecer para o governo Lula”. A declaração foi feita em entrevista nesta quinta-feira (18), na qual o parlamentar avaliou que as investigações sobre fraudes em benefícios previdenciários tendem a ampliar o desgaste político do Planalto.
Segundo Lima, a comissão já realizou cerca de 30 sessões e vem reunindo indícios de um esquema com participação de entidades, operadores financeiros e agentes públicos, com impacto direto sobre aposentados e pensionistas. Para o deputado, é improvável que um núcleo que movimentaria valores bilionários não tenha desdobramentos políticos. Ele citou entidades como Contag, Conafer e Sindinapi ao comentar o alcance das apurações.
O parlamentar também relatou entraves internos para avançar com depoimentos considerados estratégicos. De acordo com ele, convocações dependem de votação e da maioria da comissão, o que teria dificultado a oitiva de nomes que, na visão dele, seriam centrais para esclarecer o caso. Lima afirmou ainda que houve quebras de centenas de sigilos, e que novas informações ainda podem emergir no decorrer dos trabalhos.
Além das críticas ao governo, o deputado atacou o que chamou de subnotificação do tema por veículos tradicionais e disse ver descompasso entre o volume de fatos apurados e o espaço dado ao caso no noticiário.
Trajetória e planos para 2026
Na entrevista, Luiz Lima recordou sua entrada na política em 2016, quando foi convidado para atuar como secretário nacional de Esporte e Alto Rendimento. Ex-atleta olímpico e professor de educação física, ele afirmou que mantém atividades ligadas ao esporte para preservar contato com uma rotina fora da política.
Sobre o cenário eleitoral, Lima confirmou que pretende disputar a reeleição para deputado federal em 2026 e destacou a meta do Novo de ampliar sua bancada. Ao comentar o tabuleiro presidencial, mencionou o governador Romeu Zema como nome competitivo, embora tenha reconhecido que o quadro ainda pode mudar até a eleição.