O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), criticou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmando que ela não tem “preparo algum para ocupar um cargo de tamanha responsabilidade”.
O que motivou a crítica?
A declaração de Zucco vem após uma publicação de Gleisi, em que a ministra classificou como “ataques canalhas de bolsonaristas, misóginos, machistas e de violência política” as reações negativas à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante um evento nesta semana, Lula declarou que, “para melhorar a relação com o Congresso”, colocou “uma mulher bonita” na articulação política, o que gerou forte repercussão e críticas de diversos setores, inclusive dentro do próprio governo.
Zucco: ‘Discurso raivoso e sem equilíbrio’
O deputado do PL afirmou que o discurso de Gleisi Hoffmann é “raivoso, carregado de ataques e divisões” e demonstra “total falta de equilíbrio e serenidade para dialogar com o Congresso e com a sociedade”.
“Em vez de buscar construir pontes e promover a unidade, a ministra opta pelo insulto gratuito e pela retórica do ódio, como se fosse uma militante de redes sociais e não uma representante do governo”, disse Zucco.
O parlamentar também destacou a contradição da ministra ao falar sobre machismo e misoginia, enquanto seu próprio líder, Lula, fez um comentário considerado machista contra ela.
“É no mínimo curioso que Gleisi fale sobre machismo e misoginia, quando seu próprio líder, o presidente Lula, acaba de desrespeitar ela própria em público”, afirmou.
‘Governo não é palanque eleitoral’
Zucco ainda afirmou que o Brasil precisa de líderes que saibam dialogar e respeitar as diferenças, em vez de governantes que alimentam a polarização e tratam opositores como inimigos.
“A ministra deveria lembrar que está em um governo e não em um palanque eleitoral permanente”, concluiu o líder da oposição.
A nomeação de Gleisi Hoffmann para a articulação política já gerava resistências, tanto no Congresso quanto dentro do próprio governo. Agora, as críticas à sua postura aumentam a pressão sobre o Palácio do Planalto e indicam dificuldades no diálogo entre Executivo e Legislativo.