As recentes ações da Polícia Federal contra deputados e a detenção do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foram os principais tópicos discutidos na reunião de líderes da Câmara com Arthur Lira (PP-AL) nesta terça-feira (20/2).
O líder da oposição na Casa, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), trouxe à tona o assunto das operações durante o encontro, destacando que ele próprio foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão em janeiro, durante o recesso do Congresso Nacional.
Segundo relatos, os líderes presentes na reunião expressaram críticas às ações da PF autorizadas pelo STF, considerando que as buscas realizadas nos gabinetes dos deputados na Câmara violam as prerrogativas parlamentares. Essas ações de excesso e abuso de poder, tem sido uma “pratica” constante nos últimos tempos, claro que sempre contra a oposição do governo, leia-se apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.
Além disso, houve reprovação à prisão de Valdemar Costa Neto, determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na semana anterior.
Inicialmente alvo apenas de mandados de busca e apreensão, Valdemar acabou sendo detido em flagrante pela PF após ser encontrado com uma arma de fogo e uma pepita de ouro de 39 gramas.
Valdemar permaneceu detido por três dias e só foi liberado após uma intensa articulação nos bastidores, que envolveu nomes como o ex-presidente Michel Temer (MDB) e os ministros do STF Gilmar Mendes e André Mendonça.
Em relação às queixas dos líderes, Lira ouviu atentamente durante a reunião, mas não anunciou nenhuma medida imediata. O presidente da Câmara afirmou que iria ponderar todas as perspectivas antes de tomar uma decisão.
Conforme relatado, Lira teria informado a aliados que não foi avisado pelo STF sobre a busca e apreensão no gabinete de Jordy, contrariando o protocolo habitual.