O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), está empenhado em adiar a tramitação da proposta que confere autonomia financeira ao Banco Central, agendada para votação amanhã (17) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por Davi Alcolumbre (União-AP). A aprovação na CCJ é considerada praticamente certa. Dentro da Advocacia-Geral da União, há o entendimento de que o projeto pode ser contestado judicialmente por não ter sido iniciativa do Executivo.
A oposição apoia firmemente
A autonomia financeira do Banco Central é uma bandeira da oposição, e Alcolumbre, que busca retornar à presidência do Senado, está apoiando a ideia.
Aliado do campo lulista
No Plenário, o governo conta com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para segurar a votação, que não deve ocorrer até o final do ano.
Impacto no orçamento
Para o governo, o principal problema da proposta é transformar o BC em uma “empresa pública”, o que teria impacto significativo nas contas públicas.
Oposição dos sindicatos
Antes mesmo da votação, sindicatos de servidores do BC, ligados ao governo, já estão pressionando os senadores contra a medida.