O presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para evidenciar as privatizações e concessões realizadas durante seu governo (2019-2022).
Em uma publicação recente, Bolsonaro destacou números relacionados à redução do número de estatais, valores arrecadados e investimentos privados resultantes das desestatizações conduzidas durante seu mandato.
Privatizações e Concessões no Governo Bolsonaro
Em 2018 o Brasil contava com 209 empresas estatais federais e ao final de 2022, esse número foi reduzido para 130, o que representa uma queda de 37,8% no total de estatais. Segundo Bolsonaro, mais de um terço das empresas públicas foi fechado ou vendido em apenas quatro anos.
Além disso, Bolsonaro ressaltou que, somando privatizações e vendas de participações em empresas, o governo arrecadou R$ 401 bilhões (US$ 75,4 bilhões) entre 2019 e 2022. O montante, segundo ele, supera em 12% os US$ 67,5 bilhões arrecadados com desestatizações entre os anos 1980 e 2018.
O presidente também mencionou que, no mesmo período, aproximadamente R$ 180 bilhões foram arrecadados em outorgas, com a maior parte desses recursos sendo utilizada para a redução da dívida pública. Além disso, afirmou que seu governo garantiu cerca de R$ 900 bilhões em compromissos de investimentos privados até 2032, totalizando um impacto econômico superior a R$ 1 trilhão.
Os dados divulgados por Bolsonaro estão presentes em diversos relatórios da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e no livro A Política Econômica Brasileira, de Paulo Guedes e Adolpho Sachsida, ambos ex-integrantes de sua equipe econômica.
A publicação também faz críticas indiretas à gestão de Lula, que desde o início do terceiro mandato tem adotado uma postura mais intervencionista na economia e demonstrado resistência à privatização de estatais. Durante a campanha eleitoral, o petista afirmou que reverteria algumas privatizações e reforçou o papel do Estado na economia.
A publicação de Bolsonaro gerou ampla repercussão nas redes sociais, com seus apoiadores exaltando as conquistas econômicas de seu governo, enquanto críticos questionaram os impactos sociais das privatizações e a eficácia das medidas na redução das desigualdades econômicas do país.