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terça-feira, 15 outubro, 2024
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Justiça ou Perseguição? Nova ação contra Bolsonaro levanta dúvidas sobre imparcialidade

Por Alexandre G.

Algumas semanas após a Polícia Federal (PF) realizar duas operações direcionadas a parlamentares aliados de Jair Bolsonaro (PL), incluindo seu filho Carlos (Republicanos), vereador do Rio, uma nova operação, chamada Tempus Veritatis ou “hora da verdade” em latim, foi deflagrada nesta quinta-feira (8) e envolveu o ex-presidente. A investigação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), busca evidências definitivas para confirmar a tese de que Bolsonaro teria sido o mentor de um alegado golpe de Estado frustrado, mais de um ano após a mudança de governo.

As investigações partem da premissa de que Bolsonaro e seus aliados, especialmente militares da reserva, teriam trabalhado para disseminar a ideia de que as eleições presidenciais de 2022 foram fraudadas, e o Exército estaria pronto para intervir e manter Bolsonaro no poder. A oposição critica a rapidez das ações da PF e as considera uma resposta imediata às declarações recentes dos investigados.

Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, classifica a situação como um “contorcionismo jurídico para inibir a oposição brasileira”. Ele destaca a suposta falta de imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes do STF, que investiga o caso e se coloca como vítima. A oposição sugere que as ações podem estar sendo influenciadas pelo calendário eleitoral, com candidaturas apoiadas por Bolsonaro em jogo.

A Tempus Veritatis, que visa apurar uma suposta organização criminosa envolvida em um golpe, complementa a operação Lesa-Pátria, que investiga os atos de vandalismo de 8 de janeiro. Além de Bolsonaro, a nova operação mira ex-ministros e membros do núcleo militar. A inclusão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aparentemente relacionada a manifestações favoráveis à auditoria das eleições, destoa dos demais alvos.

A oposição já se reuniu com os presidentes das duas Casas do Congresso, para avaliar possíveis abusos nas investigações. Bolsonaro, desafiando a Justiça, alega que o Brasil está sob uma ditadura. A operação ocorre após críticas recentes de Bolsonaro às operações anteriores da PF, destacando contradições e perseguição.

A ação aparentemente visa desarticular a mobilização dos apoiadores de Bolsonaro, especialmente após manifestações populares recentes. A defesa e alguns parlamentares alegam falta de provas concretas da suposta conspiração golpista. A tese de perseguição política pelo STF, ganha força com a prisão de aliados e a imposição de restrições a Bolsonaro. Ele já foi condenado pelo TSE por ataques ao sistema eleitoral, ficando inelegível até 2030. Nessa ultima operação teve seu passaporte apreendido, a proibição de ter contato com o presidente do partido, no qual ele trabalha e a proibição de ter contato com seu assessor. Os advogados dos investigados, também foram proibidos de manter contato entre si. O que também foi motivo de crítica por partes de juristas.

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