A Justiça Federal determinou que os Correios apresentem, no prazo de 10 dias, os dados financeiros referentes aos repasses realizados (ou não) ao plano de saúde dos servidores, o Postal Saúde. A decisão foi motivada por denúncias de que, apesar de descontos mensais nos contracheques dos funcionários, os valores não estariam sendo repassados à operadora de saúde, comprometendo o atendimento de milhares de beneficiários.
A crise, que já afeta hospitais e clínicas conveniadas, teve início, segundo documentos da tutela cautelar, ainda em novembro de 2024. Desde então, o problema se agravou, levando à suspensão de atendimentos médicos essenciais, como consultas, exames e internações.
Gestão sob críticas
A responsabilidade recai sobre a atual gestão dos Correios, presidida por Fabiano Silva dos Santos, conhecido em Brasília por sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – inclusive por atuar como churrasqueiro em eventos privados do petista. A relação política de Fabiano tem sido alvo de críticas por parte de servidores, que denunciam politização e falta de compromisso com a estrutura da estatal.
Descontos sem retorno
Diversos relatos de funcionários indicam que os descontos mensais continuam sendo feitos normalmente, mas não resultam em cobertura médica efetiva, o que tem gerado revolta e insegurança entre trabalhadores e suas famílias.
“Pagamos pelo plano todo mês. Agora, quando precisamos, não somos atendidos. Isso é apropriação indébita”, disse um servidor dos Correios sob anonimato.
Decisão judicial
Na decisão obtida pela coluna do jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, a Justiça determina que os Correios comprovem todos os repasses ao Postal Saúde desde o início da irregularidade. Caso descumpram o prazo ou omitam informações, a estatal pode ser penalizada.
Impacto nos beneficiários
Com o impasse, milhares de funcionários da ativa, aposentados e seus dependentes estão à mercê de um plano de saúde que, na prática, não funciona. Unidades de atendimento de todo o país já comunicaram a suspensão de serviços devido à inadimplência da patrocinadora.
A crise no Postal Saúde, somada à falta de transparência da atual gestão da empresa, lança dúvidas sobre o futuro do atendimento médico dos servidores dos Correios, um dos maiores planos corporativos do país.
Se quiser, posso complementar com um infográfico resumindo os principais pontos do processo judicial ou uma linha do tempo com os atrasos desde 2024. Deseja incluir?