O juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, que atuava como auxiliar no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, deixou o cargo. A saída foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 15 de setembro, uma semana antes de Rocha ter seu visto suspenso pelos Estados Unidos.
Rafael Rocha era apontado como um dos principais braços direitos de Moraes e ficou conhecido por conduzir interrogatórios de réus acusados de tentativa de golpe de Estado. A portaria de desligamento foi assinada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, estabelecendo que o último dia de atuação de Rocha seria 26 de setembro. Ele retorna agora ao seu posto original no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Baixas no gabinete de Moraes
Esta não foi a primeira saída relevante da equipe de Moraes em 2025.
- O juiz instrutor Airton Vieira deixou o gabinete após o vazamento de um áudio que ficou conhecido como “Vaza Toga”.
- Em fevereiro, o juiz André Salomon Tudisco também se desligou da função.
Essas mudanças revelam um ano conturbado na composição da equipe do ministro do STF.
Sanções dos EUA
A saída de Rocha ocorreu poucos dias antes de ele ter o visto suspenso pelos Estados Unidos, no contexto das sanções do governo Donald Trump contra pessoas e instituições ligadas a Moraes.
- A advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, também foi incluída na lista de sanções, com base na Lei Magnitsky.
- O Instituto de Estudos Jurídicos Lex, da família Moraes, foi igualmente sancionado.
Na próxima segunda-feira (29), Alexandre de Moraes assumirá o cargo de vice-presidente do STF, enquanto o ministro Edson Fachin sucederá Barroso na presidência da Corte.
