Em uma entrevista exclusiva à CNN nesta quinta-feira (28), o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou claro sua posição sobre as acusações que tem enfrentado e reafirmou seu compromisso com o Brasil, dizendo:
“Não vou sair do meu país. Repito: não vou sair do meu país, porque não fiz nada de errado.”
Essas palavras refletem a confiança de Bolsonaro em sua conduta durante seu tempo no cargo, desafiando qualquer insinuação de irregularidade em suas ações.
Ao ser questionado sobre sua permanência no Brasil, Bolsonaro foi enfático. Se tivesse a sensação de que cometeu alguma infração, ele teria escolhido viver fora do país, como muitas vezes sugerem seus opositores. “Se eu tivesse esse sentimento, de ter feito algo errado, eu teria ficado nos Estados Unidos”, afirmou, demonstrando sua convicção de que sua gestão foi limpa e voltada para o bem-estar da nação.
Além disso, o ex-presidente revelou que, caso receba um convite formal do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ele solicitará a devolução de seu passaporte, que se encontra retido desde fevereiro deste ano. Bolsonaro explicou que formalizará um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, para recuperar o documento e poder participar da posse de Trump.
A situação do passaporte de Bolsonaro remonta a fevereiro, quando a Polícia Federal reteve o documento a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Em março, um pedido formal foi feito pelos advogados de Bolsonaro para que ele pudesse viajar a Israel, mas foi negado pelo magistrado.
Bolsonaro, por sua vez, segue defendendo sua postura de nunca ter cometido qualquer transgressão, e reitera que sua permanência no Brasil não é uma questão de resistência, mas de clareza moral e convicção de que agiu de acordo com os interesses da nação.
Esse tipo de manifestação de Bolsonaro, longe de ser um gesto de confronto, é uma tentativa de reafirmar seu compromisso com seus princípios e com o futuro político do Brasil.
A convicção de que não há razão para deixar o país é um reflexo da postura que sempre adotou: a de que os grandes desafios podem ser superados sem abandonar o próprio território, e que a luta por justiça e liberdade deve ser travada dentro do Brasil.
Assim, o ex-presidente demonstra que sua trajetória política é marcada por ações que acredita serem corretas, mesmo que divergentes das análises de seus críticos.
E, no campo internacional, mantém sua lealdade a aliados como Donald Trump, ao mesmo tempo que busca, dentro da legalidade, os meios para viajar e cumprir compromissos políticos relevantes.