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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Intriga política: Deputado suspeito de crime atuava na administração da prefeitura no Rio

Por Alexandre G.

O deputado federal Chiquinho Brazão, do partido União-RJ, foi preso neste domingo (24), sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. Anteriormente, Brazão fez parte da administração do prefeito Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, até janeiro deste ano. Paes é um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capital fluminense.

Brazão ocupou o cargo de secretário da Secretaria de Ação Comunitária de outubro de 2022 a fevereiro deste ano, como parte de um acordo político articulado por Paes para a gestão municipal. Até o momento, o prefeito não se pronunciou sobre as prisões deste final de semana.

A própria prefeitura do Rio reconheceu, em comunicado neste domingo (24), que a escolha de Brazão para o cargo foi uma decisão do partido Republicanos, que mais tarde o substituiu diante das especulações sobre seu suposto envolvimento no caso Marielle. No entanto, Brazão era filiado ao União Brasil, que o expulsou horas após sua prisão.

“A nomeação de Chiquinho Brazão para a Secretaria de Ação Comunitária foi uma decisão tomada pelo Partido Republicanos, quando estabeleceu uma aliança com a administração municipal no final de 2023”, disse a prefeitura em nota.

O deputado Chiquinho Brazão é irmão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ), também suspeito de envolvimento na morte de Marielle. Uma figura proeminente na política carioca, Chiquinho foi vereador por 12 anos antes de assumir o cargo no Congresso, e durante seu mandato na Câmara Municipal do Rio, foi colega de Marielle Franco.

A nomeação de Chiquinho Brazão para a Secretaria de Ação Comunitária foi feita pelo seu partido, o Republicanos, que posteriormente o exonerou “diante das especulações sobre o caso”.

O envolvimento de Chiquinho Brazão no caso Marielle foi revelado por Ronnie Lessa, autor dos disparos que tiraram a vida da ex-vereadora. Desde o início das investigações, a família Brazão já era mencionada como suspeita, especialmente Domingos Brazão.

Chiquinho Brazão assumiu o cargo de secretário de Ação Comunitária em 30 de outubro de 2023, quando não havia evidências formais de seu envolvimento no crime. No entanto, as suspeitas sobre seu irmão já estavam sob investigação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A exoneração posterior de Chiquinho Brazão ocorreu à luz das novas informações que ligavam o caso Marielle à família Brazão. Sua entrada no secretariado de Paes foi parte de uma estratégia política visando à reeleição do prefeito, e a aliança com o Republicanos, que apoiava o governo federal na época, desempenhou um papel crucial na nomeação.

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